Pagani Imola Roadster com V12 biturbo de 850 cv é um assalto aos sentidos

Cada um dos novos projetos assinados por Horacio Pagani tem praticamente garantida uma entrada na história mais apaixonante do mundo automóvel. E o novo Pagani Imola Roadster não vai ser a exceção à regra.

Para já, é ainda virtual, mas rapidamente passará à realidade, numa edição muito limitada de apenas oito unidades.

A ideia base é a mesma do Pagani Imola Coupé, apresentado há três anos, mas agora a céu aberto, para se conseguir ouvir ainda melhor o 6.0 V12 biturbo da AMG para nos cativar ainda mais.

Ainda assim, este roadster não tem apenas na ausência de tejadilho a principal diferença face ao Coupé. A marca vai combinar neste modelo tecnologia do Huayra Roadster BC com muitas das soluções aerodinâmicas do Huayra R, desenvolvido para uma utilização exclusiva em circuito.

Ainda mais potente

O V12 que equipa o Pagani Imola Roadster é o mesmo do coupé, mas aqui está ainda mais potente anunciando 850 cv (contra 827 cv) e 1100 Nm de binário (idêntico ao coupé), o que requereu uma maior necessidade de refrigeração. Por causa disso, os radiadores frontais cresceram e a aerodinâmica também foi ajustada nesse sentido.

Um dos elementos de maior destaque é a entrada de ar acima da cabeça dos ocupantes. No coupé está fixa ao tejadilho, mas como o Roadster não tem um, esta foi elegantemente fixa diretamente no capô traseiro, tal como os suportes da asa traseira.

Além de ser um elemento de extrema importância na refrigeração do V12, serve também como um estabilizador aerodinâmico. A cereja no topo do bolo são as já icónicas quatro saídas escape, aqui em em titânio, que confere uma experiência audiófila única, especialmente para quem viaja a céu aberto.

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Os números do Imola Roadster

Se os valores apresentados pelo Imola Coupé já deixavam água na boca, os do Roadster são ainda mais, começando pelos 600 kg que força descendente (downforce) que toda a aerodinâmica consegue criar a uma velocidade de 280 km/h. No entanto, continua a acelerar até aos 350 km/h.

O fator peso foi um dos mais importantes no desenvolvimento do Imola Roadster, ficando-se por modestos 1260 kg, apenas mais 23 kg que o coupé.

Para chegar a este valor, a Pagani voltou a utilizar um monocoque num composto de fibra de carbono e titânio. E tal como no coupé, até a Acquarello Light, a tinta usada neste modelo, foi desenvolvida especificamente nesse sentido, garantindo menos 5 kg no total que outras tintas.

A arte de curvar depressa

O Imola Roadster transmite os 1100 Nm do motor exclusivamente às rodas traseiras via uma caixa sequencial de sete velocidades da Xtrac. Para garantir uma ligação ao solo perfeita, conta com um esquema de duplos triângulos sobrepostos, em alumínio forjado, tanto à frente como atrás, e amortecedores de controlo eletrónico.

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O contacto com o solo é feito com um conjunto de Pirelli P Zero Trofeo RS, desenvolvidos especificamente para este modelo, que envolvem jantes de 21″ à frente e 22″ atrás feitas num material designado por Avional (uma liga de alumínio forjado), que é muito mais leve.

O resultado final surpreende, com a Pagani a anunciar acelerações laterais de 2,0 g, com picos de 2,2 g!

Para parar todo o ímpeto que consegue gerar, o Pagani Imola Roadster está equipado com um sistema de travagem da Brembo com quatro discos carbocerâmicos (Fr: 398×36 mm com pinças de seis pistões; Tr: 380×34 mm com pinças de quatro pistões), capazes de gerar até 2,2 g de força de desaceleração.

Resta o habitáculo, sendo que aqui a Pagani tem o dom de nos transportar para um mundo que é difícil de rivalizar em termos de originalidade, qualidade e atenção ao detalhe. Todo e qualquer componente parece uma homenagem à mecânica e à paixão pela engenharia e este novo Pagani Imola Roadster é, no seu todo, mais um «desses» automóveis.

André Mendes

Jornalista automóvel desde o final dos anos 90. Assistiu às grandes transformações do setor e acredita que o melhor ainda está para vir.

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