Enigma GT. Pininfarina imagina futuro híbrido com V6 a hidrogénio

O próximo ano vai ser particularmente especial para a Pininfarina, que vai celebrar o seu 95.º aniversário. Mas enquanto 2025 não chega, a empresa italiana mostra-nos o que poderá ser o seu futuro, tendo revelado o Enigma GT no Salão de Genebra 2024.

Se o primeiro carro da Automobili Pininfarina foi o Battista, um hipercarro 100% elétrico, o construtor não fecha a porta a outras soluções como este novo concept demonstra. Afinal, é um gran turismo de quatro lugares com uma mecânica híbrida, que combina um motor térmico a hidrogénio com um elétrico.

O motor de combustão interna é um V6 turbo com 2,5 l de capacidade e 442 cv, que impulsiona as rodas traseiras. Depois tem um motor 100% elétrico responsável pela tração do eixo dianteiro e por acrescentar até 200 kW (272 cv) ao conjunto.

A somar a isto, este GT com tração integral conta ainda com uma bateria com 10 kWh de capacidade e com um depósito de hidrogénio com capacidade para aproximadamente 9 kg.

Contas feitas, a Pininfarina anuncia uma autonomia em ciclo misto de cerca de 550 km, ao mesmo tempo que reclama cifras muito interessantes no que toca às performances: menos de 4,0s na aceleração dos 0 aos 100 km/h e 250 km/h de velocidade máxima.

Limitado a 150 exemplares

Ao volante do Pininfarina Battista. Insanidade elétrica a transbordar estilo

8/10

O Pininfarina Battista é um hiper-GT elétrico apaixonante, com 1900 cv de potência e com um design premiado. E nós já o guiámos.

Joaquim Oliveira

Para conseguir estes registos, o Enigma GT aposta em elementos de aerodinâmica ativa, tais como a grelha dianteira, os defletores das rodas da frente, o spoiler posterior e o difusor de ar traseiro, cuja posição pode ser ajustada de acordo com as necessidades de cada situação.

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Visão futurista

O posicionamento central traseiro do motor a combustão abriu espaço a que os designers pudessem criar uma dianteira muito baixa e com uma enorme superfície vidrada frontal (1,96 m²), o que promete um interior com uma enorme sensação de luz e espaço.

Para entrar no habitáculo, as portas e parte do tejadilho levantam, em conjunto com o para-brisas, numa solução que nos remete para outros protótipos que a Pininfarina assinou no passado, tais como o Modulo (1970), o Teorema (2021) ou até o Ferrari 512S Berlinetta Speciale (1969).

Inspirado na aeronáutica

Uma vez no habitáculo com uma configuração de quatro lugares (2+2), o que salta à vista é o desenho minimalista, marcado por linhas horizontais e elementos inspirados na aeronáutica, a começar logo no tabliê.

Depois, destaque para o volante multifunções, que tem um pequeno ecrã tátil incorporado, e para um ecrã transparente, que atravessa toda a largura do habitáculo e mostra informações ao condutor e aos passageiros.

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A experiência ao volante do Enigma GT só fica completa graças a um assistente de condução com realidade aumentada (baseado em inteligência artificial), que promete auxiliar o condutor em tempo real, uma vez que atua sobre os sistemas de assistência à condução (ADAS).

Vai ser produzido?

Para já o Enigma GT não passa de um exercício estilístico e não há qualquer indicação por parte da Pininfarina de que ele pode vir a ser produzido.

Miguel Dias

Futebol e automóveis, duas paixões que o perseguem. Começou por trabalhar na primeira mas acabou a perceber que aquilo que o fazia mesmo feliz era a segunda.

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