Notícias Fique a saber como o Emblème antecipa o futuro da Renault

Apresentação

Fique a saber como o Emblème antecipa o futuro da Renault

Dificilmente veremos o Emblème chegar à produção tal como está, mas as soluções e tecnologias empregues farão parte dos Renault do futuro.

Renault Emblème dianteira 3/4
© Renault

O Renault Emblème não é apenas mais um concept car com linhas arrojadas e soluções futuristas. É, acima de tudo, uma antevisão daquilo que a marca francesa quer atingir nos próximos anos: um futuro neutro em carbono, com automóveis mais limpos, eficientes e sustentáveis — do início ao fim do seu ciclo de vida.

Este protótipo 100% funcional combina eletricidade e hidrogénio para oferecer até 1000 km de autonomia sem emissões de escape.

Renault Emblème traseira 3/4
© Renault

O sistema de propulsão é montado no eixo traseiro e integra uma bateria de 40 kWh e uma pilha de combustível (fuel cell) a hidrogénio de 30 kW, alimentada por hidrogénio de baixo teor de carbono. Em menos de cinco minutos é possível reabastecer os 2,8 kg do tanque de hidrogénio, o suficiente para percorrer até 350 km.

“É um elétrico com um extensor de autonomia, que neste caso é a pilha de hidrogénio.”

Pascal Tribotte, responsável do projeto

O objetivo final da Renault é reduzir em 62% as suas emissões de CO2 ligadas à produção até 2030, e o Emblème mostra o caminho.

Um laboratório sobre rodas

Através do Emblème, a Renault mostra como pretende reduzir a pegada ecológica dos seus automóveis, sem comprometer desempenho, conforto ou estilo. A marca já se comprometeu a reduzir em 62% as emissões de CO₂ ligadas à produção até 2030 — e o Emblème serve como montra de soluções para atingir essa meta.

Começa nos materiais: 50% têm origem reciclada e a produção dos componentes representa uma redução de 70% nas emissões. No total, o Renault Emblème permite uma redução de 90% nas emissões de carbono ao longo de todo o ciclo de vida, desde a extração das matérias-primas ao fim de vida do veículo.

Este esforço é partilhado por uma rede de parceiros industriais — entre eles KWEL, Michelin, Forvia, ArcelorMittal, STMicroelectronics e Valeo —, que contribuíram com tecnologia e conhecimento para tornar o Emblème mais sustentável sem sacrificar qualidade ou funcionalidade.

“O Renault Emblème está à altura dos desafios da descarbonização. Concentra as soluções de engenharia e inovação necessárias para atingir a neutralidade carbónica.”

Cléa Martinet, vice-presidente de Sustentabilidade do Grupo Renault

O design também antecipa o futuro

Com 4,80 m de comprimento, 1,52 m de altura e 2,90 m entre eixos, o Emblème adota proporções generosas e uma silhueta de shooting brake que foge ao ADN tradicional da marca. Mas mais do que a forma, é a função que marca o tom do futuro.

O cuidado com a aerodinâmica é visível em soluções como os puxadores embutidos, os limpa para-brisas ocultos e as câmaras que substituem os espelhos retrovisores. As jantes, extremamente leves (16,5 kg cada), são produzidas em alumínio proveniente em 70% da economia circular. Já as grelhas ativas na dianteira abrem ou fecham consoante a necessidade de arrefecimento, melhorando a eficiência térmica.

O resultado é um S.Cx, ou resistência total ao ar, de 0,60 — superfície frontal multiplicada (em m2) pelo coeficiente de resistência aerodinâmica (Cx). Como referência, é um valor consideravelmente inferior aos 0,80 do Scenic ou os 0,71 do Megane.

No interior, o destaque vai para o ecrã panorâmico curvo OpenR de 1,20 m, com resolução 8K, complementado por um segundo ecrã na consola central. A interação pode ser feita por toque, comandos de voz ou gestos.

O habitáculo acomoda até cinco passageiros, com bancos traseiros reclináveis, consola adaptada ao lugar central e duas bagageiras: uma traseira com 556 litros e uma dianteira (frunk) com 74 litros.

Um futuro cada vez mais próximo

Embora não esteja prevista a produção em série do Emblème tal como o conhecemos — há rumores de que poderá chegar à produção, como pode ver abaixo no podcast Auto Rádio —, a Renault deixou claro que as tecnologias, os materiais e a abordagem à sustentabilidade que aqui se estreiam vão chegar aos modelos de produção nos próximos anos.

https://youtu.be/1VqNAQ4VdYg?si=pO66bLd4ehXuDoS8

Talvez a cadeia cinemática híbrida do Renault Emblème — baterias mais pilha de combustível a hidrogénio — seja aquela que esteja mais longe de ver a luz do dia.

Se a infraestrutura de carregamento para os elétricos a bateria é hoje considerada insuficiente, a relacionada com a produção e distribuição de hidrogénio ainda está na sua infância.

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