Notícias Austral. Tudo sobre o novo SUV da Renault que toma o lugar do Kadjar

Apresentação

Austral. Tudo sobre o novo SUV da Renault que toma o lugar do Kadjar

Depois do Arkana e do Mégane E-Tech Electric, a Renault reforça a presença no segmento C com o Austral, que chega em setembro.

Renault Austral
© Renault
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Depois de muitos teasers e de meses de antecipação, a Renault levantou finalmente o véu ao seu novo SUV para o segmento C, o Austral.

O Austral vem para ocupar o lugar do Kadjar e também enquadra-se no plano Renaulution, que até 2025 verá a Renault apresentar 14 novos modelos, dos quais sete serão elétricos e sete serão reforçar a aposta da Renault nos segmentos C e D.

Assim, depois do Arkana e mais recentemente do Mégane E-Tech Electric, o novo Austral procura vingar num dos mais importantes segmentos do mercado europeu, que tem sido dominado pelo Peugeot 3008 e Volkswagen Tiguan.

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Renault Austral

Algo que o antecessor, o Kadjar, lançado em 2015, nunca conseguiu, ficando aquém do sucesso que os responsáveis da marca francesa desejavam

Corpo atlético

O novo Renault Austral apresenta-se com uma carroçaria mais elegante e ao mesmo tempo mais desportiva e musculada que o Kadjar, atributos que lhe dão uma maior presença, algo que se sente muito bem ao vivo, como tivemos oportunidade de comprovar na apresentação estática do modelo, que aconteceu há cerca de uma semana em Paris, França.

Com linhas fortes e muito pronunciadas, o Austral começa logo por se destacar na dianteira, marcada por um capô com vincos muito salientes, por uma grelha muito larga e por uma secção inferior do para-choques em tudo semelhante ao que conhecemos do novo Mégane 100% elétrico.

De perfil, salta à vista a linha de cintura muito alta e, consequentemente, janelas de menor altura, o pilar traseiro mais inclinado e as jantes que podem ir até às 20’’. Nessa medida enchem por completo as cavas das rodas, contribuindo e muito para o caráter vincado deste SUV gaulês.

Avançando para a traseira, destaque para o ligeiro spoiler que ajuda a prolongar a linha do tejadilho, a secção inferior do para-choques (pode contar com um acabamento em preto) e a assinatura luminosa em “C”, que é sempre em LED em todas as versões (à frente e atrás).

Contudo, as versões mais equipadas contam com tecnologia LED Matrix, com os farolins traseiros a contar com uma solução que cria um efeito 3D bastante distinto.

Interior é trunfo

Quando nos sentamos dentro deste novo Austral percebemos rapidamente que existem muitos pontos em comum com o novo Renault Mégane E-Tech Electric. E isso são, naturalmente, excelentes notícias, ou não fosse esse um dos grandes trunfos do novo Mégane movido a eletrões.

Renault Austral

Neste Austral não será diferente, com a vantagem de que aqui a Renault foi ainda mais longe nos materiais escolhidos, que à primeira vista, parecem ser ainda melhores.

No geral, os materiais que estão ao alcance imediato das mãos são sempre muito agradáveis à vista e a toque. E mesmo os plásticos mais duros estão longe de ser desagradáveis.

A sensação geral é muito positiva e depois de tocar e de «apalpar» todos os centímetros deste Austral, a qualidade de montagem do modelo satisfez bastante.

Importa destacar ainda o volante, de corte quadrado e desportivo, os muitos espaços de arrumação (35 l no total nas versões de caixa manual), a consola central «limpa», livre de botões, e claro, a dupla de ecrãs do sistema OpenR.

O painel de instrumentos digital e o ecrã multimédia têm ambos 12’’ e são «auxiliados» por um head-up display com 9,3’’, algo que não encontramos, por exemplo, no Mégane E-Tech Electric.

O sistema de infoentretenimento parte de uma base Android e conta com os Google Automotive Services, pelo que contamos de forma nativa com serviços como Spotify, Google Maps, Google Assistant e Google Play Store.

No campo da conectividade, este Austral destaca-se por contar com Apple CarPlay e Android Auto sem fios e por disponibilizar duas portas USB C na dianteira, além de incorporar no apoio de braço um carregador sem fios para o smartphone.

Muito espaço para as pernas

Na segunda fila de bancos, encontramos muito espaço ao nível das pernas e da cabeça, mesmo quando se opta pelo tejadilho panorâmico, conhecido por «roubar» sempre alguns centímetros ao nível da altura.

O Austral recorre à plataforma CFM-CD da Aliança Renault Nissan Mitsubishi, a mesma que usa o novo Qashqai, e isso teve um impacto muito positivo ao nível do espaço disponível no habitáculo, que permite que dois adultos viajem de forma desafogada nos bancos traseiros, que podem deslizar longitudinalmente em 16 cm.

E por falar em espaço, com os bancos na posição mais avançada, a bagageira deste Austral pode oferecer um máximo de 575 litros.

Adeus R.S. Line, olá Esprit Alpine

A unidade que a Renault escolheu para a apresentação em Paris contava com o nível de equipamento Esprit Alpine, que faz a sua estreia na gama da marca francesa. Vem substituir as versões R.S. Line, que serão progressivamente substituídas na gama Renault nos próximos meses.

Renault Austral

Nesta versão, é reforçado o espírito mais desportivo deste SUV, muito por culpa da pintura exclusiva mate (Gris Schiste Satin) e dos vários apontamentos específicos, tais como os elementos a preto (tejadilho e capas dos retrovisores laterais incluídos) e a jantes de 20’’ com a assinatura Alpine.

Destaque ainda para o acabamento em cinzento acetinado na grelha dianteira e para os logótipos da Alpine nas laterais. E ainda nem passámos ao interior…

No habitáculo, esta versão Esprit Alpine distancia-se das restantes por contar com bancos com secções em Alcantara, material que encontramos nas laterais das portas (à frente e atrás) e no volante.

O encosto de cabeça dos bancos têm um logótipo Alpine bordado e uma bandeira francesa nas laterais, dois detalhes que não passaram despercebidos quando nos sentámos dentro deste SUV.

Não há Diesel, nem plug-in

A gama de motores do Austral destaca-se por não contar com qualquer proposta Diesel e por não apresentar nenhuma variante híbrida plug-in.

Todas as motorizações disponíveis são a gasolina, mas contam irremediavelmente com algum tipo de eletrificação.

Renault Austral

No total são três as motorizações, a começar logo por um 1.3 turbo de quatro cilindros com um sistema mild-hybrid de 12 V. Com esta configuração, o Austral pode assumir dois níveis de potência: 140 cv (caixa manual) e 160 cv (caixa CVT).

A somar a isto, a Renault propõe um novo motor 1.2 turbo de três cilindros com 130 cv que surge associado a um sistema mild-hybrid de 48 V e a uma caixa manual, com a marca francesa a descrevê-lo como “a melhor alternativa aos Diesel”, reivindicando consumos médios de 5,3 l/100 km e emissões médias de 123 g/km.

Renault Austral

Mas a motorização que assume um papel de maior destaque na gama do Austral é a E-Tech (full Hybrid), um híbrido convencional. Aqui, a base do sistema é o 1.2 turbo de três cilindros, que surge associado a um motor elétrico (50 kW ou 68 cv e 205 Nm), a uma bateria de iões de lítio de 1,7 kWh (400 V) e a uma caixa automática de sete velocidades.

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Este sistema E-Tech está disponível em duas variantes distintas, com 160 cv e 200 cv, sendo que esta última será o Austral mais potente. A Renault promete para o Austral E-Tech consumos médios a partir de 4,6 l/100 km e emissões de CO2 de 105 g/km.

4Control e 32 ADAS

Comum a todas as versões do Austral é o facto de este SUV poder equipar o sistema 4Control, que permite girar as rodas traseiras até 5º.

Renault Austral

A somar a isto, o Austral apresenta-se com um leque de 32 ADAS (Sistemas Avançados de Auxílio à Condução), numa lista onde se destacam o sistema de reconhecimento de sinais de trânsito, o assistente de manutenção em faixa e o cruise control adaptativo.

Quando chega?

As encomendas do novo Renault Austral abrem em meados deste ano, mas as primeiras unidades só vão chegar ao mercado nacional em setembro, pelo que ainda não foram anunciados quaisquer preços.