Notícias Já conhecemos o novo Renault Symbioz. Todos os detalhes

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Já conhecemos o novo Renault Symbioz. Todos os detalhes

Situado entre o Captur e o Austral, o novo Renault Symbioz quer ser a escolha das famílias que procuram espaço e versatilidade num SUV compacto.

A Renault continua a apostar forte no segmento C e depois do Austral e do Scenic, que agora é 100% elétrico, chegou a vez do Symbioz, um SUV que promete trazer espaço e versatilidade às famílias.

Situado entre o Captur e o Austral, o Symbioz apresenta-se como uma proposta totalmente inédita, ainda que recupere um nome que a Renault já tinha usado em 2017, para identificar um protótipo futurista que queria ser a extensão da nossa própria casa.

Para o Symbioz de produção, pouco ou nada restou desse protótipo, com exceção da modularidade interior. Mas nem por isso faltam trunfos a este novo SUV, que nós já fomos conhecer ao vivo:

Para percebermos o Symbioz temos que recuar até 1965, altura em que foi apresentado o Renault 16.

Desenhado para ser disruptivo, o Renault 16 procurava ser uma alternativa às berlinas tradicionais. Tinha dois volumes, um portão da bagageira com vidro integrado (estilo hatchback), para um melhor acesso ao interior, e um banco traseiro ajustável, para acomodar toda a família nas viagens de férias.

Renault 16
© Renault Renault 16

O Renault 16 era aquilo que a marca francesa apelida de “voiture à vivre”, algo que se pode traduzir, de forma livre, para “viatura para viver”.

Este conceito fez escola e foi aplicado a vários outros modelos da Renault ao longo dos anos, com os Espace e Scénic logo à cabeça, dois modelos que, a seu tempo, ditaram tendências.

Agora, o Symbioz promete partilhar esse mesmo ADN, oferecendo espaço e versatilidade, tudo «embrulhado» numa carroçaria relativamente compacta.

Com 4,41 metros de comprimento, o Renault Symbioz é 18 centímetros mais comprido do que o Captur e 10 cm mais curtido que o Austral, tendo uma volumetria exterior próxima da do novo Scenic E-Tech elétrico.

E a comparação com o novo Scenic vai muito além das dimensões, porque o Symbioz acaba por ser uma espécie de alternativa com motor a combustão desse modelo, que agora é um crossover exclusivamente elétrico.

Ou então, podemos olhar para ele como uma espécie de versão XXL do Captur, capaz de servir as famílias que procuram aquela dose extra de espaço, sem dar o salto para uma proposta de segmento superior.

Renault Symbioz
© Renault O Renault Symbioz é 18 centímetros mais comprido do que o Captur e 10 cm mais curtido que o Austral

Imagem não engana

No que toca à estética, aquilo que salta de imediato à vista é que esta é uma proposta com volumes muito bem definidos e com uma silhueta muito coerente.

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Depois, e sem surpresa, importa destacar o facto deste Symbioz contar com a mais recente linguagem estilística da Renault, introduzida por Gilles Vidal.

Isso fica muito bem visível ao nível da grelha dianteira, com um padrão que se estende até às laterais, e da assinatura luminosa, muito rasgada e com luzes diurnas verticais.

Renault Symbioz frente
© Renault

Já na traseira o que mais salta à vista são as linhas muito bem vincadas, bem como a assinatura luminosa, que confere um visual mais dinâmico a este novo SUV da marca francesa.

Interior é familiar

Quando espreitamos para dentro do habitáculo, a primeira sensação que temos é de familiaridade, porque o Symbioz acaba por partilhar muitos elementos com o renovado Captur. Mas isso está longe de ser uma má notícia.

Tudo parece estar no sítio certo, temos imenso espaço de arrumação (quase 25 litros dentro do habitáculo), uma montagem sólida, materiais cuidados e uma boa oferta tecnológica.

Renault Symbioz interior
© Renault

Ao contrário do que acontece com o Scenic e com o Austral, neste Symbioz o sistema OpenR Link da Renault não pode ser associado com o ecrã contínuo, em «L», com cerca de 24’’.

Aqui, os dois ecrãs que estão à frente do condutor — 10,3’’ para a instrumentação e 10,4’’ para o infotainment — estão separados, independentemente do nível de equipamento escolhido.

Renault Symbioz painel instrumentos
© Renault

Contudo, continuamos a contar com um sistema que tem por base o Android Automotive, o que nos abre as portas ao universo Google. E se for semelhante ao que temos na restante gama da marca, é um dos melhores sistemas de infoentretenimento do mercado.

A somar a isso, temos a possibilidade de equipar um sistema de som de alta fidelidade da Harman Kardon e temos direito a um sistema de luz ambiente com 48 cores à escolha, a atualizações remotas (FOTA) e a comandos por voz através do Google Assistant.

29 sistemas de ajuda à condução

Depois, importa destacar o facto do Symbioz se apresentar ao serviço com 29 sistemas de ajuda à condução (ADAS), o que lhe permite contar com condução autónoma de nível 2.

Outro elemento que não vai passar despercebido é o tejadilho panorâmico (opcional) Solarbay, que ao toque de um botão ou de um comando por voz, pode passar de transparente a opaco, para proteger os ocupantes do calor ou do frio.

Esta tecnologia, que a Renault mostrou pela primeira vez no Rafale e que revelou recentemente no Scenic E-Tech elétrico, é possível graças ao facto deste tejadilho contar com cristais líquidos.

Espaço para quase tudo

Quanto ao espaço nos lugares traseiros, acaba por ser um dos maiores argumentos deste modelo. Isto porque os banco traseiro está montado sob uma calha que lhe permite deslizar até 16 centímetros, o que oferece uma maior versatilidade, como se pode ver no vídeo que surge em destaque neste artigo.

No que toca à bagageira, a capacidade varia entre os 492 litros e os 624 litros, dependendo da posição do banco traseiro. Quando o rebatemos a capacidade total de carga cresce até aos 1582 litros.

Apenas híbrido

Construído sobre a plataforma CMF-B, a mesma que serve de base ao Clio, Captur e Arkana, o Symbioz apresenta-se (pelo menos para já…) apenas com uma motorização.

Trata-se do sistema híbrido E-Tech que já conhecemos do Arkana e que junta um motor 1.6 a gasolina com quatro cilindros a dois motores elétricos (um de tração e um motor de arranque/gerador) e a uma bateria com 1.2 kWh de capacidade, para uma potência combinada de 145 cv.

A gerir tudo isto está a já conhecida caixa multi-modo do Grupo Renault, sem embraiagem e com quatro relações para o motor de combustão e duas para o motor elétrico de tração, que se combinam em 14 modos distintos.

Graças a este sistema, e ao facto do Symbioz acusar menos de 1500 kg na balança, a Renault promete uma proposta eficiente e com custos de utilização muito baixos, o que também lhe permite piscar o olho às empresas.

Renault Symbioz traseira
© Renault

Mas sobre isso, vamos ter de aguardar pelos testes dinâmicos para perceber tudo aquilo que este novo SUV é capaz de fazer em estrada.

Quando chega?

Os preços para o mercado nacional do novo Renault Symbioz ainda não são conhecidos, mas a marca já confirmou que as encomendas vão abrir durante o verão e que as primeiras unidades vão chegar a Portugal em setembro.