SERES quer crescer na Europa e leva três modelos a Munique

Seres é mais um dos nomes que chegaram ao mundo automóvel, provenientes da China, mas com origens… norte-americanas.

É que a primeira morada da Seres leva-nos até Silicon Valley, nos Estados Unidos da América. Foi lá que nasceu como SF Motors em 2016. E desde o início focou-se no desenvolvimento e produção de automóveis elétricos.

A ligação à China fez-se com o Chongqing Sokon Motorgroup, o seu principal acionista da altura, que seria rebatizado, em 2022, como Seres Group.

Os objetivos de produzir veículos elétricos nos EUA cairiam por terra e hoje, apesar de a Seres manter a sede nos EUA, toda a sua atividade industrial encontra-se na China.

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A marca que conhecíamos como SF Motors, entretanto, mudou a sua designação para Seres, em 2019. E em 2021, estabeleceu uma parceria com a gigante tecnológica Huawei, que teve uma influência grande no restyling do Seres 5.

Na Europa

Apesar de muitos só terem descoberto a Seres recentemente, esta já é comercializada na Europa há cerca de três anos. Está presente em países como a Alemanha, Noruega, Países-Baixos, França, Espanha e acabou de chegar também a Itália.

Na mais recente edição do Salão de Munique (IAA Mobility) foi uma das cada vez mais presentes marcas chinesas presentes.

A Seres levou a Munique uma gama inteira de modelos, com a qual pretende expandir a sua presença no mercado europeu. Na base está o Seres 3 (lançado em 2020), um pequeno SUV elétrico de caráter mais urbano.

Está equipado com um motor de 120 kW (163 cv) e tem uma autonomia máxima em torno dos 329 km, com a sua bateria de 53 kWh. Nos Países Baixos, o seu preço base atual é de 37 995 euros.

Para o patamar seguinte a marca propõe o também SUV/crossover elétrico Seres 5, que serviu de «cartão de visita» na apresentação oficial como marca global, no último Salão de Bruxelas.

Deverá chegar ao mercado neste outono, com três versões disponíveis. Uma de tração traseira e duas de tração integral. As duas primeiras terão uma bateria de iões de lítio de 80 kWh, mas a de topo estreará uma bateria de estado semi-sólido com 90 kWh de capacidade.

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Baterias de estado semi-sólido? Isso mesmo. O Seres 5 deverá ser o primeiro no mundo a usar este tipo de bateria que se distingue por usar um eletrólito sólido (como as baterias de estado sólido) em adição ao gel eletrólito das baterias de iões de lítio convencionais.

Este novo tipo de bateria promete duplicar a densidade energética das melhores baterias de iões de lítio atuais (poderá ir até aos 500 Wh/kg), e com níveis de segurança acrescidos.

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No topo da gama, o Seres 7, para não fugir à regra, é também um SUV e conta com medidas mais generosas por fora e por dentro.

Terá uma lotação máxima de sete lugares e a sua chegada ao mercado, segundo a Seres, será “em breve”.

Na China é vendido como Aito M7 (outra marca do grupo Seres) e recorre a um extensor de autonomia (1.5 turbo a gasolina). Resta saber se o continuará a ser na Europa.

André Mendes

Jornalista automóvel desde o final dos anos 90. Assistiu às grandes transformações do setor e acredita que o melhor ainda está para vir.

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