Toyota Century. Luxo japonês é mais exclusivo que Rolls-Royce ou Bentley

Rolls-Royce, Bentley… Toyota!? Quando pensamos em luxo automóvel, não é a Toyota que vem de imediato à mente — nem mesmo a Lexus, a sua marca premium.

No entanto, a Toyota tem um modelo que se sobrepõe a todos estes em termos de exclusividade: o Century.

Se acabou de levantar o sobrolho, junte-se ao grupo de todas as pessoas a quem aconteceu o mesmo, mas é a mais pura das verdades. O primeiro Toyota Century foi lançado em 1967 e desde então que representa a epítome do luxo japonês.

Em mais de meio século, existiram apenas três gerações do Century, com a primeira a ter sido produzida durante 30 anos e a segunda durante 20 anos. A terceira começou a ser produzida em 2018.

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Agora, o Toyota Century acaba de receber aquela que é, muito provavelmente, a maior novidade desde sempre: uma carroçaria em formato SUV.

O novo Toyota Century — nome mantém-se igual ao da berlina — segue uma receita semelhante à que esteve na génese do Rolls-Royce Cullinan ou do Bentley Bentayga. No entanto, a sua «confeção» continua a seguir os pergaminhos mais históricos da arte nipónica.

Face ao tradicional modelo de quatro portas, a altura deste SUV é superior em 30 cm (1,80 m) e todo o conjunto é ligeiramente mais largo. No entanto, é mais curto em 13 cm (5,2 m), quase todos retirados da distância entre eixos (2,95 m).

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A imponência está mais do que garantida, uma vez que uma das missões que assistiram ao desenvolvimento do Toyota Century — seja o SUV ou a berlina —, é o de se fazerem notar ao chegar ou ao sair de um evento.

E essa notoriedade é reforçada pela Fénix que serve de símbolo a todos os Toyota Century e que representa a Casa Imperial do Japão.

O Toyota Century não é para todos

Este é um dos raros automóveis que não é produzido a pensar no lucro ou rentabilidade. Tal como é explicado pela Toyota, o Century está destinado a um “seleto grupo de pessoas que consegue demonstrar com orgulho tudo aquilo que o Japão representa”.

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Por causa disso, o desenvolvimento deste novo formato foi totalmente efetuado em torno dos assentos traseiros. Afinal, a grande maioria dos Toyota Century não são conduzidos pelos seus proprietários e sim pelos seus chauffers.

Não será de estranhar, por isso, o facto de as portas traseiras serem muito maiores do que as da frente. Ao abrir cada uma delas, até um ângulo máximo de 75º, surge de imediato um estribo inferior, destinado a facilitar o acesso ao habitáculo.

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Confortavelmente instalado no interior, será escusado dizer que o ambiente a bordo é caracterizado por um silêncio quase absoluto e totalmente desconectado de tudo o que se passa no exterior.

E caso haja o desejo de mais privacidade, ao toque de um botão as janelas laterais deixam de ser transparentes e passam a opacas.

Sistema híbrido, claro

Ao contrário da berlina, o Toyota Century SUV não vem com um V8 híbrido (herdado do anterior Lexus LS 600h).

Na procura de maior eficiência e menores emissões, os 2570 kg do novo Toyota Century são alimentados por um sistema híbrido plug-in, composto por um motor 3.5 V6 a gasolina e um motor elétrico. A potência máxima combinada é de 412 cv.

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A transmissão é feita às quatro rodas e a Toyota diz que em modo elétrico será capaz de efetuar perto de 70 km.

Tendo em conta a especificidade e exclusividade desta proposta, é talvez o único aspeto a lamentar não terem mantido uma mecânica mais alinhada com o estatuto do modelo.

Apenas 30 unidades por mês

Este novo formato foi assinalado como o novo Century (Século) para um novo… century (século). No entanto, a sua aquisição não é tão simples como ir a um concessionário e fazer uma encomenda.

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Em primeiro lugar, apenas alguns concessionários da Toyota no Japão estão autorizados a aceitar encomendas de um Century. Sendo que, para isso, terá de estar presente uma equipa exclusiva e preparada para acolher cada cliente.

Previsivelmente, cada Toyota Century é cuidadosamente configurado em função dos desejos do seu futuro proprietário, com o auxílio do Century Meister designado.

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Depois, todas as unidades deste modelo serão construídas apenas na fábrica de Tahara, no Japão, e não serão aceites mais do que 30 encomendas por mês. Com a berlina de quatro portas, o limite é de 50 unidades mensais.

Os singelos números do Century fazem dos milhares de Rolls-Royce Cullinan e Bentley Bentayga produzidos anualmente parecerem «carros do povo».

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Jornalista automóvel desde o final dos anos 90. Assistiu às grandes transformações do setor e acredita que o melhor ainda está para vir.

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