Novo Volkswagen Transporter demarca-se dos anteriores por um motivo

Pode ser um mero furgão, mas é grande o peso da história que repousa sobre os ombros da Volkswagen Transporter. Se recuarmos tempo suficiente, vamos encontrar o histórico e icónico Type 2, mais conhecido entre nós como “Pão de Forma”.

Além disso, a Transporter é também líder de vendas na sua classe, pelo que a chegada de uma nova geração é sempreum momento significativo.

Tendo isto em consideração, talvez surpreenda a decisão da Volkswagen em unir esforços com a Ford para a concepção da sétima geração do Transporter. Assim, agora, as duas grandes rivais, Transporter e Transit (Custom), são agora «irmãs de sangue».

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Versões e motorizações para todas as necessidades

O novo Transporter partilha praticamente tudo com o Ford Transit Custom — plataforma, carroçaria e motorizações —, com os dois modelos a distinguirem-se, sobretudo, pela dianteira.

Esta não é uma estratégia nova; há muitas décadas que vemos construtores partilharem os seus veículos comerciais. Mas até agora, nesta classe, a Volkswagen e a Ford têm estado orgulhosamente sós.

Ao partilhar tudo com a Transit Custom, vai permitir à nova Volkswagen Transporter também oferecer uma vasta gama de opções motrizes: Diesel, híbrida plug-in e 100% elétrica. A Transporter junta-se, assim, à ID. Buzz Cargo na oferta de furgões elétricos da marca.

Na Transporter híbrida plug-in, chega no primeiro trimestre de 2026, a autonomia em modo elétrico deverá ser de até 60 km (ciclo WLTP). No caso das «irmãs» da Ford, são anunciados até 56 km de autonomia (ciclo WLTP).

Está ainda prevista uma versão elétrica com tração integral e uma versão elétrica de menor potência e bateria de menor capacidade. Estas versões também só vão chegar no primeiro trimestre de 2026.

Comerciais usados

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Há diferentes carroçarias disponíveis: Cargo (furgão fechado) com até 3 lugares (opcional); CrewVan, para o transporte combinado de pessoas e carga, com até 6 lugares; e chassis-cabine dupla.

E não podemos esquecer a Caravelle, para transporte de passageiros, com até nove lugares, que poderá assumir funções como shuttle ou um táxi de grande capacidade.

Além disso, há duas distâncias entre-eixos — normal e longa (+400 mm). Independentemente da variante escolhida, é sempre maior que a geração anterior (T6.1).

A variante normal cresceu 146 mm, tendo agora 5,05 m de comprimento, enquanto a distância entre-eixos é maior em 97 mm, tendo agora 3,1 m. A largura de 2,032 m é também 128 mm superior à da T6.1.

Sendo um furgão interessa sobretudo saber o quanto consegue carregar. A Transporter de tamanho “normal” apresenta um volume de carga de 5,8 m³ que pode chegar aos 9,9 m³, na carroçaria longa e com teto sobreelevado.

E a capacidade de carga máxima pode ir até às 1,33 toneladas e de reboque até às 2,8 toneladas, dependendo da versão. São mais 300 kg que antes.

Primeiras impressões

Pudemos conduzir em Atenas, na Grécia, três versões: e-Caravelle (210 kW ou 286 cv), e-Transporter (160 kW ou 218 cv) e Transporter Cargo (2.0 TDI, 125 kW ou 170 cv).

Os comerciais hoje estão muito longe de ser os veículos rústicos do passado e as primeiras impressões ao volante de qualquer uma das Transporter recaem sempre na surpreendente facilidade de condução.

Aparte as dimensões generosas — tanto da versão normal como na longa —, os três modelos oferecem uma experiência ao volante que mais se assemelha a um automóvel de passageiros ligeiro.

A direção leve, em combinação com o raio de viragem — 11,9 m na versão normal e 13 m na versão longa —, fez com que até manobras em espaços mais apertados fossem fáceis de executar.

Por sua vez, o espaço a bordo também merece destaque. Independentemente da versão, o aproveitamento de espaço no habitáculo é muito bom, até mesmo na versão com três lugares dianteiros: existe mais do que espaço suficiente para todos.

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O silêncio a bordo das versões elétricas merece destaque, demonstrando a robustez da montagem e a muito boa insonorização.

Como acontece com tantos outros elétricos, a entrega imediata de potência garante uma condução suave e sem esforço.

Contudo, a motorização Diesel associada à caixa automática não deve ser descurada — mostrou-se sempre disponível e até agradável, apesar de não conseguir rivalizar com a elétrica em refinamento e imediatez de resposta.

Para quando?

O Volkswagen Transporter e o Caravelle já estão disponíveis em Portugal com as motorizações Diesel e elétricas. O novo Transporter está disponível a partir de 30 800 euros (+ IVA), enquanto o novo Caravelle está disponível a partir de 43 mil euros (+ IVA).

Antevisão

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Mariana Teles

As primeiras unidades estarão disponíveis para entrega aos clientes a partir de março. A motorização híbrida plug-in deverá ser lançada no primeiro trimestre de 2026.

O Transporter só vai estar disponível em Portugal na versão base, enquanto a Caravelle está disponível nas versões base, Life e Style.

Mariana Teles

O universo das «quatro rodas» entrou na sua vida por intermédio da Razão Automóvel. É a sua primeira volta no mundo do jornalismo e promete não parar.

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