Xiaomi SU7 com preço-canhão esgota produção em 24 horas

O primeiro automóvel do gigante de tecnologia chinês, o Xiaomi SU7, foi apresentado oficialmente no passado dia 28 de março e o interesse gerado foi de tal ordem que, meras 24 horas depois, já tinha praticamente 90 mil reservas registadas, de 5000 yuan (640 euros) cada.

Ou seja, por esta altura, o número de encomendas já está seguramente acima da capacidade de produção atual da fábrica de Pequim. Recordamos que a Xiaomi estima fabricar 100 mil unidades do SU7 até ao final do corrente ano.

Num ano completo, após esta fase inicial, a produção deverá subir para as 150 mil unidades. Mas assim que a nova fábrica da marca alcançar a sua capacidade máxima, serão produzidos cerca de 300 mil unidades por ano.

As primeiras unidades destinadas a test-drives ficaram disponíveis na passada sexta-feira, 29 de março, logo após a apresentação oficial, o que levou milhares de pessoas às 59 lojas da marca na China, divididas por 29 das suas principais cidades — test-drives estavam marcados até às três da manhã do dia 30 de março…

Preço-canhão

Um dos principais argumentos do Xiaomi SU7 tem de estar no seu preço. O preço base de 215 900 yuan, cerca de 27 680 euros, foi colocado propositadamente para ficar bastante abaixo do Tesla Model 3 (na China).

A versão de entrada do SU7 tem, no entanto, mais argumentos além do preço para enfrentar o Model 3. Recordamos que a versão de entrada, com apenas um motor elétrico, oferece 220 kW (299 cv) de potência e 400 Nm de binário. Já é capaz de acelerar dos 0 aos 100 km/h em 5,3s e de alcançar os 210 km/h de velocidade máxima.

Está equipada uma bateria de 75,6 kWh e 400 V da BYD e anuncia uma autonomia máxima de 700 km — de acordo com a norma chinesa (CLTC), mais «otimista» que a WLTP utilizada na Europa.

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No patamar seguinte está o SU7 Pro, proposto por 245 900 ienes, o que são menos de 31 500 euros. Tem o mesmo motor de 220 kW instalado no eixo posterior, mas a bateria é da CATL, com 94,3 kWh de capacidade. Com esta, a autonomia anunciada é de 830 km, mas também segundo a norma CLTC.

O topo da oferta é o Xiaomi SU7 Max, com um preço de 299 900 yuan (38 450 euros). Convém realçar que a Xiaomi coloca como rival desta versão o Porsche Taycan, que custa muito, mas muito mais.

O SU7 Max traz uma arquitetura de 800 V e dois motores elétricos, um por eixo, capazes de entregar uma potência máxima combinada de 495 kW (673 cv) e 838 Nm de binário. Quanto a prestações, consegue acelerar dos 0 aos 100 km/h em 2,8s e alcançar os 265 km/h de velocidade máxima.

A bateria CATL Qilin tem 101 kWh de capacidade, com a Xiaomi a declarar uma autonomia de 800 km (CLTC). Segundo a marca, na sua capacidade máxima de carregamento, é possível adicionar 510 km à autonomia em apenas 15 minutos.

André Mendes

Jornalista automóvel desde o final dos anos 90. Assistiu às grandes transformações do setor e acredita que o melhor ainda está para vir.

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