Este Ford Mustang tinha um problema que foi resolvido à boa maneira americana

Apresentado ao mundo em abril de 1964, o Ford Mustang nasceu com um objetivo: ser o porta estandarte da marca americana. Hoje, como sabemos, é desportivo mais vendido de sempre portanto a missão foi cumprida.

Mas no início da sua comercialização, a Ford necessitava de aumentar a notoriedade do modelo de forma rápida. Solução? Entre outras ações promocionais, inscreve-o como pace car da Indianapolis 500 de 1964.

Problema? Mesmo na versão mais potente, equipada com um motor V8, a potência do Ford Mustang era de apenas 270 cv de potência e a velocidade máxima não superava os 190 km/h. De acordo com os regulamentos, o Ford Mustang teria de ser capaz de alcançar 140 milhas por hora (225 km/h) para poder assumir as funções de pace car.

Solução do problema? Como dizem os americanos “there is no replacement for displacement” (numa tradução livre “não há nada como um motor grande”) e foi precisamente isso que fizeram: à boa moda americana foram buscar um motor maior. Nomeadamente o motor do Ford GT40 Mk1 de competição que foi afinado para ser um pouco mais “civilizado”.

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Das três unidades que era suposto a Ford produzir, uma não ficou pronta a tempo, a segunda foi a utilizada na prova de 1964 e a terceira foi oferecida ao piloto A. J. Foyt, que venceu a prova de 1964.

No entanto, esta última acabou por sofrer um acidente, deixando a que podemos ver neste vídeo como a única existente.

Na altura, além do novo motor, também a suspensão do Mustang foi melhorada e foram adicionadas barras de reforço para garantir a rigidez do conjunto.

Todos estes detalhes e tantas outras histórias podem ser vistas e apreciadas em mais um vídeo da garagem de Jay Leno, que também conta com a presença de Bill Ford, o Chairman da marca americana.

Sobre o “Arranque a Frio”. De segunda a sexta-feira na Razão Automóvel, há um “Arranque a Frio” às 7h00 da manhã. Enquanto bebe o seu café ou ganha coragem para começar o dia, fique a par de curiosidades, factos históricos e vídeos relevantes do mundo automóvel. Tudo em menos de 200 palavras.

André Mendes

Jornalista automóvel desde o final dos anos 90. Assistiu às grandes transformações do setor e acredita que o melhor ainda está para vir.

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