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Assiste à reconstrução de um motor com mais de 11 000 cv

Apaixonados pela mecânica, pelo óleo, pelas porcas e parafusos, estes sete minutos são para vocês. Assistam à reconstrução de um motor de um «dragster» da categoria Top Fuel em apenas 7 minutos.

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Meus senhores, é sexta-feira. Passaram a semana a trabalhar como «mouros», e por isso merecem estes 7 minutos de «pornografia» mecânica.

Trata-se de um vídeo time-lapse à reconstrução de um motor V8 de um dragster da categoria Top Fuel — a categoria rainha da modalidade.

Este motor pertence ao piloto Tony Schumacher, o recordista mundial no quarto de milha: 543.65 km/h! No arranque, estes motores conseguem gerar acelerações de 6 G’s e se tudo correr como planeado, em apenas 3,6 segundos já superaram os 530 km/h.

Absurdamente simples

Se repararem, as soluções aplicadas neste motor são relativamente simples. Em termos de distribuição temos um sistema «cam-in-block», em que a árvore de cames é colocada dentro do bloco de cilindros — uma solução que era usada nos antigos motores V8 há mais de… 50 anos. Quanto à alimentação, está a cargo de compressor volumétrico do tipo roots — também conhecido por blower.

Sistema de refrigeração? Não existe. As paredes do bloco e da cabeça do motor são maciças porque de outra forma partiam quanto sujeitas às forças de torça e explosão no interior da câmara de combustão.

reconstrução de um motor
Simplicidade mecânica? Máxima. Brutalidade? Absurda.
Sabias que...
A potência de 11 000 cv é apenas estimada porque não há nenhum banco de potência no mundo capaz de medir tamanha potência.

 

Além do mais, o motor trabalha durante períodos de tempo inferiores a 7 segundos em carga máxima, pelo que a única refrigeração que existe é a da entrada de gases ricos na câmara de combustão.

Uma hora para montar e desmontar

O processo de reconstrução é rápido e pouco moroso. A equipa de Tony Schumacher demora apenas uma hora a reconstruir o motor. É um processo que passa pelo reaperto de todos os componentes, revisão das juntas e lubrificação de todas as peças.

O equilíbrio de todas as peças móveis e respeito por todas as tolerâncias é fundamental para que a mais de 400 km/h nada falhe.