Notícias Astro de Hollywood à venda por 555 mil euros. E, não, não é um desportivo

Leilão

Astro de Hollywood à venda por 555 mil euros. E, não, não é um desportivo

A leiloeira Bonham’s vai leiloar um dos carros que fez parte do cinema de Hollywood, nos anos 70, ao lado de Steve McQueen. Só não é um desportivo.

Fiat Bartoletti Transporter 1956

O clássico em questão é, na verdade, um transporte bem mais modesto, ainda que indubitavelmente histórico e clássico: trata-se de um Fiat Bartoletti Transporter de 1956, que, ao longo da sua vida ativa, esteve ao serviço de equipas de Fórmula 1, tendo igualmente feito história no Cinema.

Uma vida cheia

Concebido para transporte de carros de corrida, este famoso Fiat Bartoletti Transporter, também conhecido como Tipo 642, foi originalmente criado para transportar os Maserati 250F da equipa oficial do tridente, que, com o argentino Juan Manuel Fangio ao volante, venceu o Campeonato do Mundo de Fórmula 1 de 1957.

No ano seguinte e com a saída da Maserati da categoria máxima, o Bartoletti seria vendido ao americano Lance Reventlow e colocado ao serviço da sua equipa de F1 “Team America”. Que, com os desconhecidos e pouco fiáveis Scarab, ainda se inscreveu no Mundial de 1960, embora para participar em apenas cinco provas. Sendo que, destas, apenas conseguiram estar em duas  à partida.

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Fiat Bartoletti Transporter 1956

Já em 1964-65, o regresso do camião italiano à competição, desta feita, como veículo de transporte dos Cobra de Carroll Shelby que participaram no WSC — World Sportscar Champioship. Aventura após a qual regressou ao Velho Continente, para servir às ordens da equipa britânica Alan Mann Racing, que participava com os Ford GT no campeonato do mundo da categoria.

A experiência cinematográfica

Com o final de vida (ativa) a aproximar-se, tempo ainda para mais uma comissão de serviço, enquanto veículo de transporte dos protótipos de corrida Ferrari 275 LM e vários Ferrari P — “P” de protótipo, uma série de carros de competição com motor central traseiro —, com que o piloto privado David Piper corria, terminando, finalmente, em 1969-70, com a venda à produtora Solar Productions, de Steve McQueen, para participar naquele que terá sido um dos últimos filmes de culto para os amantes das corridas, com o ator americano: “Le Mans”.

Fiat Bartoletti Transporter 1956

Cumpridas as obrigações cinematográficas, a já famosa Fiat Bartoletti Transporter passaria pelas mãos de britânico Anthony Bamford e da sua equipa de corridas JCB Historic, seguindo-se uma comissão, mais uma vez como veículo de transporte, dos Cobra que o autor Michael Shoen possuía. A que se seguiria o abandono, puro e simples, durante vários anos, ao ar livre, em Mesa, cidade localizada no deserto do Arizona.

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O regresso à vida

O regresso à vida deste clássico só viria a acontecer alguns anos depois, com a entrada em cena do americano Don Orosco, entusiasta e colecionador de Cobra e Scarab de corrida, e que acabou por adquirir a Bartoletti, para a recuperar na plenitude.

Já em 2015, a primeira ida a leilão, também pelas mãos da leiloeira Bonham’s, que acabaria por consumar a sua venda, por um valor muito considerável: 730 mil euros.

Fiat Bartoletti Transporter 1956

Três anos depois, a Fiat Bartoletti Transporter está de novo à venda, mais uma vez por intermédio da Bonham’s, e por uma soma que a leiloeira prevê mais baixa: entre 555 mil e 666 mil euros.

Só não tem Ferrari no nome

Ainda sobre esta Fiat Bartoletti Transporter propriamente dita, importa referir que tem por base o mesmo chassi de autocarro Fiat Tipo 642 RN2 ‘Alpine’ que as “irmãs” utilizadas então pela equipa oficial da Ferrari, as Ferrari Bartoletti Transporter. Além do mesmo motor Diesel de seis cilindros e 6650 cm3, com 92 cv de potência, a garantir uma velocidade máxima de 85 km/h.

Quanto à carroçaria, é da autoria do preparador Bartoletti de Forli, Itália, que aproveitou os mais de 9,0 m de comprimento, quase 2,5 m de largura e perto de 3,0 metros de altura, para dotá-la de uma capacidade de transporte de três carros de corrida, uma quantidade considerável de peças sobressalentes, além de uma cabina onde podem viajar, pelo menos, sete membros da equipa.

Relativamente à versão original, a Fiat Bartoletti Transporter só já não conta, hoje em dia, com o motor de fábrica, o qual acabou substituído, por Don Orosco, por um mais fiável e rápido turbodiesel de origem Bedford.

Interessado num astro de Hollywood?…

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