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Trabalhadores da Audi confiscam 200 chaves de carros até haver explicações

A Volkswagen anunciou que não será produzido nenhum novo modelo do Grupo na fábrica de Bruxelas. Trabalhadores exigem mais explicações.

Audi Q8 no telhado da fábrica de Bruxelas
© Audi

Um grupo de operários da fábrica da Audi na Bélgica, afetos a um dos principais sindicatos do país, confiscaram as chaves de cerca de 200 viaturas da marca. É a primeira grande movimentação pública de um sindicato, em representação dos operários do Grupo Volkswagen, após o anúncio de cortes e encerramento de fábricas na Europa.

Recordamos que na passada terça-feira, a Volkswagen anunciou que não será produzido nenhum novo modelo do grupo em Bruxelas nos próximos anos.

Esta fábrica emprega atualmente 3000 trabalhadores e produz o Audi Q8 e-tron. Os operários pedem explicações relativamente ao futuro desta unidade.

Atualmente a fábrica da Audi em Bruxelas produz cerca de 53 mil carros por ano.

Jan Baetens, representante do sindicato ACV-Metea, em declaração ao jornal Brussels Times, justificou esta ação com pesar, destacando dificuldades no diálogo: “queremos conduzir o diálogo social de forma pacifica. Mas se a gerência quiser remover os carros neste momento, não podemos garantir segurança ou paz. É uma pena, antecipo reações adversas dos trabalhadores.”

Do lado do construtor, a marca alemã deu até as 12h00 desta segunda-feira para os trabalhadores da Audi entregarem as chaves. No entanto, até ao momento, ainda não existe qualquer desenvolvimento com confirmação oficial.

A greve continuará, pelo menos, até à próxima quarta-feira, estando já convocado um novo protesto para 16 de setembro.