Notícias Audi skysphere. No futuro elétrico e autónomo da Audi ainda podemos conduzir

Apresentação

Audi skysphere. No futuro elétrico e autónomo da Audi ainda podemos conduzir

A forma e conteúdo do futuro da marca dos anéis vai ser dada por uma série de "concept cars" de que o Audi skysphere é apenas o primeiro exemplo.

Audi skysphere concept

Na Audi, o primeiro esboço de um futuro mais que perfeito, onde o processo de conversão do automóvel de meio de transporte a veículo para experienciar momentos especiais, a parceiro interativo e, mais para a frente, autónomo, é o concept skysphere.

A ideia de fundo é a de proporcionar aos ocupantes momentos de qualidade nas suas vidas enquanto se encontram a bordo, mais do que apenas levá-los do ponto A ao ponto B, mas não deixando de o fazer de dois modos bem distintos: como um GT (Grand Touring) e como um desportivo.

O principal segredo para este caráter mutante é a distância entre eixos que é variável graças a motores elétricos e um sofisticado mecanismo, através do qual componentes da carroçaria e da estrutura do carro deslizam para fazer variar o comprimento entre os eixos e do veículo em 25 cm (o que equivale a encolher do comprimento de um Audi A8 para o de, mais ou menos, um A6), ao mesmo tempo que a altura ao solo é ajustada em 1 cm para melhorar ou o conforto ou a dinâmica de condução.

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Audi skysphere concept

Se estiver num daqueles dias em que apetece mesmo desfrutar das emoções à flor da pele, basta carregar num botão para tornar o Audi skysphere num desportivo roadster de 4,94 m de comprimento, totalmente elétrico, claro.

Ou, então, optar por ser tranquilamente conduzido pelo chauffeur autónomo num GT de 5,19 m de comprimento, contemplando o céu, beneficiando do espaço para pernas aumentado e de vários serviços bem integrados no ecossistema digital. Neste modo, o volante e os pedais são recolhidos e o carro passa a ser uma espécie de sofá sobre rodas, no qual os ocupantes são convidados a partilhar a sua viagem com os seus amigos e familiares através das redes sociais.

O Audi skysphere pode até ir buscar algum passageiro interessado em viver algo tão especial, sendo capaz de conhecer a sua localização exata e até estacionar e carregar as baterias de forma autónoma.

Um aspeto de ser vivo

O longo capô, a curta projeção dianteira da carroçaria e os salientes arcos das rodas conferem um aspeto de ser vivo ao skysphere, enquanto a traseira combina elementos de speedster e de shooting brake, podendo receber dois pequenos e estilizados sacos de viagem desenhados especificamente para este modelo.

Audi skysphere concept

A dianteira mostra o típico contorno da grelha single frame dos Audi de hoje, mesmo substituindo as funções de refrigeração por outras de sequências de iluminação (graças aos elementos LED que também são muito numerosos na traseira) e funcionais.

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Tal como os futuros concepts da Audi desta série sphere — que se vão chamar grandsphere e urbansphere —, o interior (sphere) foi estudado para potenciar ao máximo a tecnologia de condução autónoma de Nível 4 (em situações específicas de trânsito, o condutor pode delegar por completo a responsabilidade do movimento ao próprio veículo, deixando de ter que intervir).

Audi skysphere concept Audi skysphere concept

A principal diferença vê-se, claro, no espaço do condutor convertido em passageiro, que passa a dispor de mais espaço, sendo convidado a desfrutar mais de cada momento uma vez que se liberta das funções de controlo do veículo.

Tal como o Mercedes-Benz EQS já em produção, também este Audi experimental apresenta um painel de bordo totalmente composto por um “tablet” gigante (de 1,41 m de largura) onde é mostrada toda a informação, mas também podendo servir para passar conteúdos de internet, vídeos, etc.

Audi skysphere concept

A jogar “em casa”

O palco da apresentação mundial deste concept futurista, no próximo dia 13 de agosto, são os verdejantes relvados do exclusivo clube de golfe de Pebble Beach, durante as atividades da Monterey Car Week, que a pandemia não conseguiu cancelar, ao contrário da maior parte das feiras automóveis mundiais no último ano e meio (em parte por quase todas as atividade se realizarem ao ar livre).

Quer dizer que o Audi skysphere joga “em casa” dado que ele foi desenhado e projetado no Audi Design Studio em Malibu, Califórnia, a uma distância muito pequena da mítica estrada Pacific Coast Highway, na orla que liga os subúrbios de Los Angeles com o norte do estado da Califórnia.

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A equipa liderada por Gael Buzyn, o diretor do estúdio, inspirou-se no histórico modelo Horch 853 Roadster, que representava o conceito de luxo nos anos 30 do século passado, tendo sido até o vencedor do Concurso de Elegância de Pebble Beach de 2009.

Mas, claro, a inspiração foi sobretudo em termos de design e dimensões (o Horch também tinha exatamente 5,20 m de comprimento, mas era bem mais alto com os seus 1,77 m contra os apenas 1,23 m do skyphere), já que o modelo da marca que lançou os genes do que hoje conhecemos como Audi era movido por um imponente motor de oito cilindros e cinco litros de capacidade.

Já no Audi skysphere há um motor elétrico de 465 kW (632 cv) e 750 Nm montado sobre o eixo traseiro, que aproveita o baixo peso relativo (para um carro elétrico) do roadster (a rondar os 1800 quilos) para poder proporcionar prestações fora de série, como bem o ilustram os breves quatro segundos para chegar aos 100 km/h.

Audi skysphere concept
Na sua configuração longa e autónoma: reparem no espaço adicional entre o guarda-lamas e a porta.

Os módulos da bateria (com mais de 80 kWh) estão posicionados atrás do habitáculo e entre os bancos no túnel central, contribuindo para baixar o centro de gravidade do carro e melhorar a sua dinâmica. A autonomia estimada rondará um máximo de 500 quilómetros.

Outro dos aspetos técnicos determinantes para fazer com que a experiência ao volante do Audi skysphere seja muito versátil é a utilização de um sistema de direção “by-wire”, ou seja, sem ligação mecânica com as rodas dianteiras e traseiras (todas direcionais). Isso permite escolher entre várias regulações e desmultiplicações de direção, tornando-a mais pesada ou leve, mais direta ou desmultiplicada consoante a situação recomenda ou de acordo com a preferência do condutor.

Audi skysphere concept
Configuração desportiva, mais curta, e que nos deixa conduzi-lo.

Além do eixo traseiro direcional — que diminui substancialmente o diâmetro de viragem —, conta com uma suspensão pneumática de três câmaras independentes, destacando-se a possibilidade de desativar as câmaras individualmente para um “pisar” do asfalto mais desportivo (a resposta da mola torna-se mais progressiva), reduzindo o rolamento e afundamento da carroçaria.

A suspensão ativa, em conjugação com o sistema de navegação e sensores e câmaras de monitorização, permite que o chassis se adapte aos ressaltos ou depressões na estrada antes mesmo das rodas lá passarem, subindo-as ou descendo-as consoante a situação.

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