Notícias O Bentley Bentayga é um Audi Q7 camuflado, diz a Rolls-Royce

Rivalidade

O Bentley Bentayga é um Audi Q7 camuflado, diz a Rolls-Royce

Agora que o Phantom está apresentado, as atenções viram-se para o primeiro SUV da Rolls-Royce, para já conhecido como Project Cullinan.

Bentley Bentayga

Foi com grande pompa e circunstância que a Rolls-Royce apresentou o seu modelo mais emblemático – a nova geração do Phantom. Praticamente tudo é novo para o Phantom, destacando-se a nova arquitetura, devidamente denominada Architecture of Luxury.

Por detrás de tão aristocrática denominação esconde-se uma nova plataforma em alumínio, do tipo space frame, mais leve e rígida (30%) que a antecessora. A nova plataforma, 100% independente da BMW, servirá, segundo a Rolls-Royce, todos os futuros modelos da marca incluindo o inédito SUV da marca, para já conhecido apenas como Project Cullinan.

A exclusividade da arquitetura é o que colocará o novo SUV num patamar único. É o que afirma Torsten Müller-Ötvös, diretor executivo da Rolls-Royce, e não se fica por aí:

Nós não usamos carroçarias produzidas em massa. Isso limita o que pode ser feito ao nível do design e mina a exclusividade de forma massiva. Não queres um Q7 camuflado neste segmento. Tu queres um verdadeiro Rolls-Royce.

Inserir interjeição ou interjeições apropriadas à citação! É assim que o CEO da Rolls-Royce decidiu referir-se ao maior rival do futuro SUV da marca, o Bentley Bentayga.

As palavras diminutivas sobre o rival referem-se ao uso, por parte do Bentayga, à base do mais comum Audi Q7, o SUV da marca alemã. A MLB Evo é uma das razões para as proporções, diremos, desafiantes do Bentley Bentayga que obriga a colocar os massivos motores à frente do eixo dianteiro. E claro, partilhar a sua arquitetura com modelos “comuns”, retira parte do apelo do prestígio e exclusividade que o valor e o símbolo destas marcas prometem.

Nada que tenha impedido o sucesso comercial do Bentayga, mas segundo a Rolls-Royce, o Project Cullinan será uma proposta com mais prestígio e exclusiva. Quanto ao design, bem, teremos de esperar para ver.

Müller-Ötvös não referiu novos detalhes sobre o futuro modelo. Prevê-se que partilhe bastante com o Phantom, incluindo o seu motor V12 de 6.75 litros bi-turbo – 571 cavalos e impressionantes 900 Nm disponíveis a umas baixas 1700 rpm. A maior diferença estará mesmo no recurso a tração integral, ou não se tratasse de um SUV.

Ou como a Rolls-Royce o define: não é um SUV, mas, tentando traduzir da melhor forma possível, um veículo todo o terreno de lateral alta (all-terrain, high sided vehicle).