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Como a Bentley «salvou» os 189 carros que afundaram com o Felicity Ace

Seguiam 189 modelos da Bentley a bordo do Felicity Ace, o navio que naufragou ao largo dos Açores. Já foram todos substituídos.

Felicity Ace

Quando afundou, há sete meses, o navio Felicity Ace levava a bordo aproximadamente 4000 automóveis do Grupo Volkswagen, dos quais 189 Bentley, todos com destino à América do Norte.

Mesmo antes do navio ter encontrado o seu último repouso no fundo do Atlântico, já as marcas afetadas procuravam repor os modelos «perdidos». A Lamborghini, por exemplo, até decidiu retomar a produção do Aventador, para cumprir a entrega dos últimos 15 Aventador Ultimae aos seus respetivos donos.

No caso da Bentley, entre os modelos transportados encontravam-se também alguns únicos, personalizados pela Mulliner, a divisão responsável pela criação dos Bentley mais exclusivos do planeta.

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Felicity Ace
O “Felicity Ace” afundou-se ao largo dos Açores durante o processo de reboque com cerca de 4000 carros a bordo.

Mesmo assim não foi impedimento para a marca com sede em Crewe, no Reino Unido, conseguir substituir todos os modelos que se perderam no naufrágio.

“Antes do navio afundar já tínhamos colocado todas as encomendas novamente no nosso sistema”, explicou Mike Rocco, vice presidente de vendas e operações da Bentley Americas, à Automotive News.

“Dos 189 carros que seguiam a bordo, 151 estavam pré-vendidos ou tinham sido encomendados por clientes, e só perdemos três ou quatro clientes, no máximo. Os nossos concessionários fizeram um trabalho fantástico a manter os clientes e a informá-los”, acrescentou.

Bentley Flying Spur Mulliner (1)
Entre os 189 modelos que seguiam a bordo estavam vários personalizados através da Mulliner, o que complicou ainda mais a “tarefa” da Bentley.

Como a Bentley conseguiu repor a produção?

Só em 2021 a Bentley vendeu 4212 veículos para o continente americano, um número que revela bem a importância desta região para a marca e que prova que os 189 exemplares que seguiam a bordo daquele navio eram um número significativo.

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“Com base na procura noutras partes do mundo, fomos capazes de agarrar logo slots de produção”, contou Rocco, antes de destacar uma série de condicionantes que ajudaram a que fosse possível estabelecer um plano para repor estes modelos o mais rápido possível.

A China chegou-se logo à frente e disse ‘Estamos com menos procura; podemos ajudar-vos com alguns carros’, explicou Rocco.

Depois seguiu-se a invasão da Ucrânia pela Rússia, o que levou a que a Bentley deixasse de exportar carros (e componentes) para esse país. “Esses slots de encomendas abriram e nós fomos capazes de reagir muito rápido”, acrescentou.

Bentley Bentayga
A Bentley continua a orgulhar-se de manter muitos processos artesanais na construção dos seus automóveis.

Escusado será dizer que foi preciso “arte e engenho” para contornar este problema, até porque todos os Bentley são produzidos numa única só fábrica, em Crewe, e com recurso a técnicas ainda artesanais.

Promessa cumprida (antes do tempo)

Recorde-se que já em março deste ano, poucas semanas depois do naufrágio do Felicity Ace, Adrian Hallmark, diretor executivo da Bentley, tinha destacado — em declarações à Automotive News — a «ginástica» que seria necessária para manter todos os clientes satisfeitos, afirmando mesmo que os concessionários estavam a “fazer coisas inteligentes” para satisfazer os pedidos.

Nessa mesma altura, Hallmark prometeu que todos os modelos seriam substituídos até ao final de 2022, o que acabou por ser cumprido, já que o último destes 189 automóveis foi entregue em setembro.

Fonte: Automotive News

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