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Ritmo de crescimento da Tesla sob ameaça? Diretor da BMW diz que sim

Oliver Zipse, diretor executivo da BMW, diz que deverá ser difícil à Tesla manter o ritmo de crescimento que tem tido, porque a restante indústria está a alcançá-los.

Tesla Model Y

“Não vai ser fácil para a Tesla continuar a essa velocidade porque o resto da indústria está a avançar muito”, foram as palavras proferidas por Oliver Zipse, diretor executivo (CEO) da BMW, na conferência tecnológica DLD All Stars.

Foi assim que Zipse se referiu à liderança comercial dos últimos anos da Tesla. Mesmo durante 2020, em que a pandemia afetou também significativamente a indústria automóvel, as vendas da Tesla cresceram 36% (!) em relação a 2019, atingindo praticamente o meio milhão de carros vendidos.

Porém, foi também em 2020 que assistimos ao maior número de lançamentos de novos automóveis elétricos de que há memória e 2021 promete ser ainda mais forte.

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BMW Concept i4 com Oliver Zipse, CEO da marca
Oliver Zipse, CEO da BMW, ao lado do BMW Concept i4

Estará a liderança comercial da Tesla ameaçada?

De acordo com Oliver Zipse, parece que sim. Os milhares de milhões de euros que têm sido investidos em mobilidade elétrica nos últimos anos por parte de todos os fabricantes começam a dar os seus frutos com o lançamento de muitas novidades em rápida cadência.

Na BMW, por exemplo, o portefólio 100% elétrico da marca vai crescer exponencialmente. Já conhecemos o iX3, mas, ainda deste ano, chegará o iX e o novo i4. A caminho também está um iX1 (com base no X1) e teremos ainda versões 100% elétricas do Série 7 e Série 5.

E como na BMW, estamos a assistir a um crescimento exponencial de propostas em todos os outros fabricantes. Porém, a posição cimeira da Tesla nas tabelas de vendas de automóveis elétricos poderá ser conquistada, não pela BMW, mas pela maior (em volume) Volkswagen. O lançamento do ID.3 e, sobretudo, do mais ambicioso ID.4 — que será vendido em muitos mais mercados mundiais —, tem o potencial de colocar a marca alemã em primeiro lugar em poucos anos.

As ambições da Tesla, porém, são altas. A marca norte-americana espera crescer 50% em 2021, ou seja, espera entregar o equivalente a 750 mil unidades. Se o conseguirá ou não poderá estar dependente da conclusão o quanto antes da Gigafactory em Berlim — onde produzirá o Model Y para o mercado europeu.

Independentemente de manter ou não o primeiro lugar, a verdade é que os planos de crescimento da Tesla — Elon Musk disse que a marca iria manter um ritmo de crescimento de 50% de ano para ano nos próximos anos — poderão ser afetados pela “enxurrada” de novos elétricos que estão para chegar, que darão ao consumidor final mais opções de escolha.

Fonte: Bloomberg.