Bugatti Centodieci. 50 000 km de testes depois, produção pode começar

Só vão fazer 10 unidades do Bugatti Centodieci — uma delas está destinada a Cristiano Ronaldo —, mas a sua raridade não implica que não tenha de passar pelos mesmos exigentes testes de desenvolvimento que os outros.

A equipa de desenvolvimento composta por engenheiros e pilotos de teste pôs à prova o Centodieci nos mais diferentes cenários, desde os testes de alta velocidade no anel de Nardò (Itália) aos rigores do pára-arranca citadino, de dia e de noite.

No total o protótipo de testes de cor branca acumulou 50 mil quilómetros, ao ritmo de 1200 km por dia, apenas interrompidos por verificações técnicas, reabastecimentos e troca de pilotos (três no total).

Assim que a avaliação final estiver terminada, as primeiras unidades do Bugatti Centodieci começarão a ser produzidas no Atelier Molsheim, cada uma com um preço a começar nos oito milhões de euros (sem impostos).

Todas as 10 unidades serão entregues aos seus novos proprietários este ano.

Centodieci, em homenagem ao Bugatti EB110

Antes de ter sido adquirida pelo Grupo Volkswagen, houve uma primeira tentativa de ressuscitar a Bugatti e o EB110 foi o seu primeiro modelo.

O Bugatti Centodieci foi concebido para homenagear o EB110 — centodieci é 110 em italiano — e inspira-se neste para muitas das suas soluções estilísticas.

Mas por baixo da carroçaria de traços evocativos encontramos o «familiar» 8.0 W16 quad-turbo, aqui com 1600 cv — mais 100 cv do que no Chiron —, capaz de projetar o Centodieci até aos 100 km/h em apenas 2,4s, aos 200 km/h em 6,1s e aos 300 km/h em muito rápidos 13,1s.

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A velocidade máxima foi limitada a 380 km/h, mas a Bugatti diz que o Centodieci é capaz de acelerações laterais equivalentes às do Divo, o modelo mais orientado para circuito do construtor de hipercarros francês.

Fernando Gomes

Entrou no universo dos automóveis através do design, hoje expressa a sua paixão pelo automóvel na escrita.

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