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Carta de pesados aos 17 anos vai ser possível porque a Europa tem um problema

A Europa está a precisar de motoristas de camiões. Uma das soluções propostas foi diminuir a idade mínima para os 17 anos.

Trânsito com camiões numa fila
© Daniel Fikri / Unsplash

O Parlamento Europeu e o Conselho da UE vão reformular as regras da carta de condução de camiões para todos os Estados-membros.

Assim, para além de reduzirem a idade mínima para conduzir camiões na União Europeia (UE) de 21 para 18 anos (independentemente da categoria), vão permitir que jovens de 17 anos anos também o façam, desde que acompanhados por um condutor experiente. O objetivo é responder a uma questão urgente: a escassez de motoristas profissionais em vários países europeus.

A nova idade mínima será aplicada de forma comum a todos os Estados-membros, mas a implementação ficará a cargo de cada país, como já acontece atualmente. Além disto, a formação obrigatória e a avaliação contínua previstas ajudarão a garantir que esta antecipação da idade de entrada no setor não prejudica a segurança nas estradas.

Camião
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Portugal já permite a condução de camiões aos 18… com formação específica

Em Portugal, já é possível tirar a carta de pesados de mercadorias com e sem reboque (C1, C1E, C e CE) a partir dos 18 anos, mas apenas com uma formação complementar obrigatória, como o Certificado de Aptidão para Motorista (CAM), segundo o IMT. Sem esta formação, com 18 anos, apenas se pode tirar a carta de C1 e C1E.

A nova diretiva europeia pretende uniformizaras as regras e facilitar a mobilidade dos condutores entre países da UE, um ponto especialmente importante para a indústria de transporte de mercadorias.

Uma profissão a precisar de nova geração

Com estas medidas, a Comissão Europeia acredita que será possível renovar e rejuvenescer o setor, que tem vindo a enfrentar um problema estrutural de escassez de mão de obra, tornando-o mais acessível a jovens que veem no transporte de mercadorias uma via profissional, sobretudo em áreas periféricas ou menos urbanizadas.

Resta agora esperar pela aprovação formal do novo regulamento e pela adaptação da legislação nacional, que deverá acontecer nos próximos quatro anos. A idade baixa, mas o desafio mantêm-se: tornar esta profissão novamente atrativa para os mais jovens.

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