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A britânica Caterham foi comprada pelo seu importador japonês

Pela primeira vez em 48 anos, os proprietários da Caterham não são britânicos. A "culpa" é da empresa japonesa VT Holdings que comprou a histórica marca.

Caterham Super Seven

Importadora da Caterham desde 2009 e responsável pela importação para o Japão de modelos da Lotus e Royal Enfield, a empresa japonesa VT Holdings é agora a proprietária da marca britânica.

Com o antigo piloto Kazuho Takahashi como diretor executivo (CEO), a VT Holdings já prometeu que o icónico modelo da marca britânica, o Seven, é para manter e continuar a evoluir.

Acerca dele, os novos donos da Caterham afirmaram: “Vamos proteger e desenvolver o Seven para enfrentar os desafios legislativos que temos pela frente”, acrescentando, “como equipa estamos todos entusiasmados em começar a escrever o próximo capítulo desta marca muito especial”.

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Caterham
Tipicamente britânica, a Caterham é agora detida por uma empresa japonesa.

Um futuro de incertezas

A entrada em cena da VT Holdings dá-se numa altura em que os “ventos” da indústria automóvel não parecem soprar muito a favor de marcas como a Caterham.

A transição para o automóvel elétrico por parte das marcas generalistas a que assistimos pode vir a afetar a Caterham. Afinal de contas, são estas que lhe fornecem as mecânicas que animam os seus desportivos.

Além disso, com o Brexit, resta saber se a Caterham continuará “protegida” pelas exceções legislativas pensadas pela União Europeia para as marcas de menor volume e que lhe davam alguma “folga” no campo das emissões e dos sistemas de segurança.

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Acerca destes desafios, Graham Macdonald, CEO da Caterham afirmou que os novos donos “compreendem verdadeiramente o ADN da marca Caterham, a sua herança, os seus clientes e as suas paixões”.

Outro fator que pode ajudar a Caterham é o facto de 60% das suas vendas corresponderem a exportações para os 20 mercados onde está presente, sendo que alguns deles, com certeza, terão leis menos restritivas no campo da segurança e emissões do que os mercados da União Europeia.

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