Embirras com as chaves dos automóveis? Deixa lá, vão acabar

A decisão partiu de um consórcio de empresas com ligações ao setor automóvel, entre as quais estão os construtores Audi, BMW, Honda, Toyota, General Motors, Hyundai, Mercedes-Benz, PSA Group e Volkswagen.

Conjugando esforços com um conjunto de tecnológicas que representam, hoje em dia, cerca de 60% deste setor, como é o caso da Alpine, Apple, LG, Panasonic e Samsung; os construtores em questão formaram o Car Connectivity Consortium (CCC), cujo objetivo passa por acabar com as chaves dos automóveis!

A chave do carro? Está no smartphone!

Segundo noticia a britânica Autocar, citando informações divulgadas pelo consórcio, a solução passa por criar chaves digitais, as quais utilizarão a mesma tecnologia dos pagamentos com smartphone. Com os fabricantes a garantirem, desde já, que a tecnologia conseguirá ser, inclusivamente, mais difícil de piratear, que as atuais chaves com sinal eletrónico.

Os mentores desta solução revelam ainda que o sistema será capaz de trancar e destrancar o automóvel, assim como colocar o motor em funcionamento. Mas, apenas e só, do carro com que foi originalmente emparelhado.

Tecnologia

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De resto e entre objetivos definidos para o projecto, em termos de segurança, está a garantia de que a tecnologia não permitirá a reprodução de sinais falsos que permitam ter acesso ao carro, não será possível interferir com os códigos enviados num determinado momento, não existirá qualquer hipótese de replicar comandos antigos e não será possível a alguém, fazer-se passar por outrem. Além de que os códigos enviados ativarão apenas e só aquilo a que são destinados.

O Car Connectivity Consortium assume ainda que pretende padronizar a tecnologia, de forma a que esta se dissemine rapidamente dentro da indústria.

O impulso dado pelo car-sharing

Recorde-se que as chaves digitais, utilizadas com recurso a smartphones, têm vindo a conquistar terreno, em particular, no segmento do car-sharing e da subscrição de serviços, relacionados com o automóvel. Com marcas como a Volvo a preverem, inclusivamente, que, em 2025, 50% das suas vendas serão concretizadas com serviços de subscrição integrados.

Uma vez que as chaves digitais são uma tecnologia que tem vindo a ser desenvolvida por outros construtores não presentes neste consórcio, tudo aponta para que esta solução venha a estar disseminada até ao final da presente década.

Francisco Cruz

Jornalista

Volvo

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