Hyundai declara guerra às dores de costas com colete robótico que carrega sozinho

Há alguma coisa que a Hyundai não produza? É navios, pontes, computadores, automóveis e… coletes robóticos. Exatamente, coletes robóticos.

A divisão Hyundai Motor Group Robotics LAB acaba de apresentar o X-ble Shoulder, uma espécie de robô que se veste como um colete. Foi projetado para aliviar a carga nos ombros e melhorar o desempenho em tarefas que exigem mais esforço físico, como trabalhos suspensos.

Objetivo? Reduzir as lesões musculares, dores de costas e problemas no membros superiores em contexto de trabalho industrial. E uma das partes mais curiosas deste X-ble Shoulder é que não requer alimentação elétrica.

Como é que funciona?

Uma das principais características do X-ble Shoulder definitivamente não é a beleza. Não o vamos ver a desfilar na próxima edição do Moda Lisboa seguramente. Trata-se de uma ferramenta de trabalho e como tal a função vence a forma.

Por isso, uma das partes mais interessantes é o seu funcionamento. Nomeadamente o facto da força de assistência ser gerada por um módulo de compensação muscular em vez de um sistema elétrico. Ou seja, o X-ble Shoulder não precisa de ser colocado à carga. Diz o povo que “enquanto vai e vem folgam as costas” mas aqui esse nem é o caso. As costas folgam sempre…

Os primeiros protótipos estão em testes em contexto de fábrica desde 2022. Outra parte importante é o peso: apenas 1,9 kg, permitindo até 180 graus de mobilidade do braço sem interferir nas atividades do utilizador.

Um negócio de milhões

Com lançamento previsto para o primeiro semestre de 2025 na Coreia do Sul, o X-ble Shoulder estará disponível em duas versões – básica e ajustável – e começará a ser implementado nas operações do grupo antes de chegar ao mercado global em 2026.

De acordo com a Mordor Intelligence , o mercado de robôs vestíveis e exoesqueletos está estimado em 2,42 mil milhões de euros em 2024 e deverá atingir 9,72 mil milhões de euros em 2029. Um crescimento que encontra explicação em três fatores: envelhecimento da população, aumento da esperança média de vida e entrada na idade de reforma cada vez mais tarde.

Guilherme Costa

Desde muito cedo trocou a companhia dos brinquedos pelas revistas de automóveis. Alimentado por essa paixão em 2012 fundou a Razão Automóvel.