“O Duster é o Porsche 911 da Dacia”, diz o seu diretor de design

Em junho do ano passado, Miles Nürnberger deixou um trabalho de 14 anos na Aston Martin e rumou à Dacia, para assumir a posição de diretor de design da marca romena.

Foram dele as «pinceladas» que estiveram na base de modelos como o Aston Martin DBX, o Valkyrie ou até o V12 Speedster, mas a relação com a Dacia não é de agora.

Em entrevista aos britânicos da Top Gear, Miles Nürnberger explicou o que esteve na base desta mudança e recordou que a sua ligação com a Dacia começou quando visitava o pai, em França.

“O meu pai vive nos Pirenéus franceses. Ele mora lá há bastante tempo. Eu via os carros (os Dacia) quando estava por lá e achava-os sempre muito divertidos. Eles têm uma natureza essencial e uma verdadeira sensação de ar livre”, começou por dizer Nürnberger.

“Para mim, em particular, tudo gira em torno do Duster. Esse carro realmente mudou a imagem da marca”, disse, antes de ir mais longe e admitir: “Esta será uma grande frase: o Duster é o (Porsche) 911 da Dacia. O espírito, a acessibilidade, a robustez. Tudo o que está relacionado com a Dacia está lá e é totalmente amplificado no Duster”.

Recorde-se que já há cerca de três anos Laurens van den Acker, chefe de design do grupo Renault, tinha comparado o Duster com outro ícone automóvel, o Mustang.

“O Duster para a Dacia é um pouco como o Mustang para a Ford: é um modelo icónico com uma grande identidade mais forte do que a da marca”, disse, na época, em declarações à Autocar.

E curiosamente, foi precisamente Laurens van den Acker que levou Nürnberger para a Dacia: “Laurens van den Acker, chefe de design do grupo Renault, que agora é o meu chefe, era meu vizinho na Califórnia. Estivemos na Ford ao mesmo tempo, no início da década de 2000. E quando o posto na Dacia ficou disponível, ele ligou-me e aconteceu tudo muito rápido”, contou à Top Gear britânica.

Mas na hora de explicar o que esteve na base da mudança, Nürnberger não tem dúvidas: “Desenhar para as massas tem o seu próprio prazer, porque vês os teus carros na estrada, vês que são usados e que é possível que tu próprio tenhas um. Isso era obviamente mais difícil na Aston Martin”.

Fonte: Top Gear

Miguel Dias

Futebol e automóveis, duas paixões que o perseguem. Começou por trabalhar na primeira mas acabou a perceber que aquilo que o fazia mesmo feliz era a segunda.

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