Notícias DS 4. Modelo francês vai ser produzido na Alemanha

Produção

DS 4. Modelo francês vai ser produzido na Alemanha

A nova aposta premium francesa, o DS 4, vai ser produzida na "capital" premium europeia, na Alemanha, e não na França, como estava planeado. Porquê?

DS 4

Entre tudo o que ficámos a conhecer durante a apresentação do novo DS 4, houve um dado que acabou por se destacar mais do que era esperado: o seu local de produção.

Quando esperaríamos ouvir que seria produzido em Sochaux, França — onde são produzidos outros modelos com a plataforma EMP2, como o Peugeot 3008 —, os responsáveis da DS Automobiles anunciaram que o novo DS 4 seria produzido em Rüsselsheim, na Alemanha.

Rüsselsheim? Não é onde fica o quartel-general da Opel? Precisamente. A nova aposta premium francesa será produzida na Alemanha, nas imediações de Frankfurt, nas mesmas instalações fabris onde é produzido atualmente o Opel Insignia e era produzido o Opel Zafira (antes de ser um derivado de um comercial).

TUDO SOBRE: Novo DS 4 revelado. Sofisticação e conforto para rivalizar com os alemães
DS 4
Rüsselsheim, cidade-natal da Opel
Rüsselsheim am Main foi onde a Opel nasceu, em 1862. O primeiro automóvel da Opel foi fabricado lá em… 1899! Desde então, a fábrica de Rüsselsheim já produziu mais de 17 milhões de automóveis, que vão desde o atual Insignia ao Kapitan, passando pelo Omega ou o Rekord. Este ano começará a produzir o novo Opel Astra e, evento raro, vai produzir um modelo para outra marca, o DS 4.

Luxo “à francesa”… made in Alemanha

Quando foi iniciado o desenvolvimento do projeto D41, que culminaria no DS 4, os planos estavam traçados. O novo modelo seria produzido em França, em Sochaux, juntamente com os outros modelos do Groupe PSA assentes sobre a EMP2, o que faz todo o sentido.

Porém, a meio do ano passado, Carlos Tavares, o então CEO do Groupe PSA e hoje CEO da Stellantis, decidiu mudar o local de produção para Rüsselsheim, na Alemanha, onde a Opel nasceu está sediada.

Uma decisão puramente lógica e pragmática, como costumam ser as de Tavares. Uma decisão tomada, sobretudo, por o sucessor do Opel Astra, a ser lançado também em 2021 e assente sobre a mesma base do DS 4, passar também a ser produzido em Rüsselsheim.

Atualmente, os Opel Astra (e Vauxhall Astra), ainda assentes sobre o hardware da General Motors, são produzidos em Ellesmere Port, no Reino Unido, e em Gliwice, na Polónia. Não se sabe ainda o que irá acontecer a esses locais de produção no futuro, sobretudo Ellesmere Port, devido aos custos adicionais que advieram do Brexit.

Opel Insignia
Opel Insignia atual é produzido em Rüsselsheim

O que sabemos é que a produção do novo Opel Astra será transferida para Rüsselsheim (onde chegou a ser produzido na geração anterior à atual), juntamente com a do francês DS 4. Carlos Tavares consegue, assim, o aproveitamento pleno da capacidade da fábrica.

E Tavares garante também a paz social prometida em 2018 à IG Metall, o poderoso sindicato alemão que, após a aquisição da Opel à GM por parte do Groupe PSA, quis garantias de investimento e manutenção de postos de trabalho em várias fábricas da Opel, incluindo Rüsselsheim.

Sochaux, em França, cuja produção do DS 4 tinha sido prometida, no entanto, não ficou a perder. Caberá a ela produzir os primeiros modelos assentes sobre a nova plataforma eVMP a partir de 2023. A nova plataforma, além de poder integrar grupos motrizes híbridos, integrará também grupos motrizes 100% elétricos, ao contrário da EMP2, que apenas permite híbridos plug-in.

O primeiro modelo assente sobre a eVMP — que tudo aponta ser a sucessora da EMP2 — deverá ser a próxima geração do Peugeot 3008. Porém, correm rumores de que ainda um pouco antes do novo 3008, deveremos ver nascer dela um novo DS 5, que pouco ou nada terá a ver com o modelo que conhecíamos cuja produção terminou em 2019. Este deverá tornar-se na versão de produção do DS Aero Sport Lounge.

Sabe esta resposta?
Qual a autonomia anunciada para o Mazda MX-30?
Oops, não acertou!

Pode encontrar a resposta aqui:

Mazda MX-30 testado. É elétrico, mas quase não o parece. Vale a pena?