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Mercedes vai evitar multas das emissões juntando-se a outro construtor

As metas de emissões para 2025 continuam a ser um problema e são cada vez mais os construtores a «agruparem-se» como parte da solução.

Mercedes-Benz Classe E180 - 3/4 de frente
© Mercedes-Benz

Depois de uma mão cheia de construtores terem anunciado a intenção de se «juntar» à Tesla para fazerem a contagem das emissões de CO2 para 2025, agora é a vez da Mercedes-Benz fazer o mesmo, mas com a Volvo.

A preferência pelo construtor sueco é fácil de justificar. Em primeiro, a Volvo já se encontra significativamente abaixo da sua meta de emissões, pelo que tem créditos de carbono em excesso que pode vender.

Volvo EX30
© Volvo A Volvo beneficiou e muito nas contas das emissões com o sucesso do EX30: é das poucas que está (muito) abaixo da meta imposta.

Além disso, a Volvo está inserida no grupo Geely (inclui também a Polestar), com o qual a Mercedes-Benz partilha equitativamente a Smart e, para mais, Li Shufu, o «patrão» da Geely, é um dos maiores acionistas individuais (9,69%) do fabricante alemão.

“Nós vamos ter um excedente significativo de CO2 e pretendemos vender as nossas emissões excedentes através de agrupamentos de emissões, que nos vão permitir ganhar receitas e recompensar os nossos esforços e bom desempenho.”

Porta-voz da Volvo

Este novo agrupamento de emissões, entre a Mercedes-Benz e a Volvo (e as outras marcas da Geely à venda na Europa), é o segundo anunciado este ano e deverá permanecer aberto a novos candidatos até 7 de fevereiro.

No final do ano passado, a Suzuki (também em risco de incumprimento), anunciou um acordo separado com a Volvo, beneficiando igualmente dos créditos excedentes da fabricante sueca.

Metas de emissões

Até ao final de 2025, a indústria automóvel terá de reduzir em 15% as emissões de CO2 relativamente a 2021, o que se traduz numa média de 93,6 g/km (WLTP). Esta meta coloca vários fabricantes em risco de incumprimento. Explicamos tudo o que está em causa no episódio n.º 71 do Auto Rádio:

Em caso de incumprimento, terão de pagar 95 euros por cada carro e por grama de CO2 acima do limite estipulado pela União Europeia (UE), são cada vez mais os construtores à procura de alianças.

De acordo com a ACEA (Associação Europeia de Fabricantes Automóveis), estima-se que as multas decorrentes do incumprimento das novas emissões possam ascender aos 15 mil milhões de euros.

Os agrupamentos de emissões, ou emission pools, são um mecanismo disponibilizado pela UE para ajudar os construtores a atingir as metas de emissões, evitando multas avultadas.

Isto significa que um construtor em risco de incumprimento pode juntar-se a outro que não esteja e, assim, as emissões dos dois podem ser calculadas em conjunto.

Não é a primeira vez que isto acontece. Já em 2020/2021 isso aconteceu. O caso mais famoso foi o da antiga FCA (Fiat Chrysler Automobiles), que se juntou à Tesla para as contas das emissões. A soma paga pela primeira à segunda permitiu financiar a construção da fábrica da Tesla na Alemanha.

Fonte: Automotive News Europe

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