Ferrari. Superdesportivos elétricos, só depois de 2022

Numa altura em que praticamente todos os construtores começam a aderir à mobilidade elétrica, propondo novos veículos zero emissões, a Ferrari recusa, para já, enveredar por esse caminho, antes de concluído o plano estratégico cujo final está agendado apenas para 2022.

Depois de ter afirmado, no último Salão de Detroit, que um veículo elétrico poderia vir a integrar a atual ofensiva de produto, iniciada em 2018 e cuja conclusão só acontece dentro de quatro anos, Sergio Marchionne garantiu agora, durante a reunião anual da Ferrari, realizado no passado dia 13 de Abril, que um veículo 100% elétrico não é relevante, neste momento, para a companhia.

Isto apesar do relatório anual de 2017 apontar o risco dos “carros elétricos tornarem-se a tecnologia dominante entre os superdesportivos, ultrapassando, inclusivamente, as propostas híbridas”.

Mais Ferrari eletrificados a caminho

Ainda assim, o também CEO da Ferrari reconhece que o construtor vai ter de eletrificar mais modelos, sendo que, neste momento, a discussão interna centra-se na decisão sobre quais as propostas que poderão vir a ser eletrificadas.

Aliás, Marchionne revelou já que o primeiro híbrido deverá surgir durante o Salão de Frankfurt de 2019, embora sem precisar o modelo, mas com fortes possibilidades de ser o futuro SUV… ou FUV da marca.

Até ao momento, o fabricante de Maranello apenas disponibilizou dois modelos electrificados, o LaFerrari Coupé e o LaFerrari Aperta.

Fórmula E? Não, obrigado!

No entanto e apesar de admitir mais modelos eletrificados, Marchionne não vê a Ferrari a, por exemplo, juntar-se à Fórmula E. Uma vez que, comenta, “são poucas as pessoas envolvidas na Fórmula 1, a participar na Fórmula E”.

Francisco Cruz

Jornalista

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