Fisker continua em apuros mas há quatro marcas que a podem salvar

Após um crescimento acelerado nos últimos cinco anos, o mercado de carros elétricos não está a crescer ao ritmo que a indústria previa. Esta situação está a fazer disparar alguns alarmes em variadas marcas, inclusive na Tesla, que pela primeira vez, em quatro anos, conheceu um decréscimo de vendas.

No caso da Fisker não foi só um alarme que disparou. A marca fundada por Henrik Fisker, encontra-se na iminência de abrir falência. Apesar de ter anunciado uma gama de modelos bastante alargada, as vendas não têm acompanhado os objetivos da marca.

No entanto, em virtude de várias tecnologias e soluções empregues nos modelos da marca, esta situação delicad poderá não ser o «fim da linha» para a Fisker. Há marcas interessadas no know-how e nas plataformas desta marca americana.

Quem pode salvar a Fisker?

De acordo com declarações do CEO da marca, Henrik Fisker, comunicadas aos funcionários durante uma reunião geral na semana passada, há quatro marcas de automóveis interessadas em «salvar» a Fisker.

“Temos quatro fabricantes automóveis interessados na Fisker, mas foram assinados documentos que não permitem revelar detalhes. Estes, obviamente, precisam de tempo para tomar decisões.”

Henrik Fisker, CEO da Fisker

O diretor-executivo da marca não divulgou mais detalhes, nem quanto tempo poderá demorar até as empresas tomarem uma decisão. No entanto, o relógio não para…

Henrik Fisker anunciou que poderá ter de declarar falência, caso não consiga chegar a um acordo nos próximos 30 dias. Se este cenário se registar, esta torna-se na segunda tentativa falhada de Henrik Fisker em formar um construtor de automóveis.

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Da Fisker à Aiways são várias as marcas automóveis elétricas que estão a passar por um período complicado. O risco de fecharem portas é real.

Mariana Teles

Caminho sinuoso

Recentemente, a Fisker anunciou que estava em negociações com a Nissan, que alegadamente estava disposta a investir 400 milhões de dólares (aprox. 373 milhões de euros), porém as negociações não chegaram a bom porto.

A Fisker viu-se obrigada a tomar medidas drásticas, cortando significativamente o preço do Ocean para conseguir liquidez. Os cortes foram dos 14 mil dólares (aprox. 13 mil euros) no Ocean Sport (versão base) e 24 mil dólares (cerca de 22,2 mil euros) no Ocean Extreme (versão de topo).

Alegadamente, a empresa americana tem 54 milhões de dólares (aprox. 50 milhões de euros) disponíveis, mas que “não são suficiente para cumprir as suas obrigações” revelou a própria marca.

Fonte: Business Insider

Mariana Teles

O universo das «quatro rodas» entrou na sua vida por intermédio da Razão Automóvel. É a sua primeira volta no mundo do jornalismo e promete não parar.

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