Medida central no plano estratégico de revitalização da companhia, One Ford, elaborado pela equipa do ex-CEO Alan Mullaly, a redução no número de plataformas utilizadas pelos diferentes modelos e marcas do grupo Ford, representou um corte substancial nos elevados custos de desenvolvimento de novos projetos. Contribuindo, logo aí, para um maior desafogo financeiro da multinacional que estava então em risco de entrar em falência.
Contudo, a nova direção da Ford, liderada por James Hackett, veio agora defender que é preciso ir mais longe, nomeadamente, através de uma redução ainda maior no número de plataformas utilizadas — de nove, para apenas cinco.
25,5 mil milhões de redução nos custos
Segundo a nova liderança, esta nova redução no número de plataformas, ao longo dos próximos cinco anos, permitirá realizar um corte de 25,5 mil milhões de dólares (22,3 mil milhões de euros) nos custos da companhia.
Não estamos a dizer que a estratégia One Ford estava errada. Pelo contrário, estas novas medidas baseiam-se e evoluem, precisamente, a partir dessa estratégia.
Hau Thai-Tang, Chefe de Desenvolvimento de Produto e Compras da Ford, na J.P Morgan Auto Conference 2018
Ainda de acordo com este mesmo responsável, cerca de 70% dos custos com um novo veículo, poderá ser gerido partindo de uma abordagem modular.
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Quanto às plataformas que continuarão, a americana Automotive News refere que o construtor da oval azul resumirá a oferta a uma estrutura modular para veículos de tração traseira/tração integral com chassis de longarinas (para as pick-up); uma monocoque de tração dianteira/tração integral; uma monocoque para veículos de tração traseira/tração integral; uma monocoque para comerciais; e uma monocoque para veículos elétricos.
RELACIONADO: Europa não quer SUV de alta performance, de acordo com a FordNo entender dos responsáveis da Ford, desta forma, será possível poupar cerca de sete mil milhões de dólares (6,1 mil milhões de euros) nos custos com engenharia e desenvolvimento de novos produtos, conseguindo também reduzir em cerca de 20% o tempo gasto no desenvolvimento, além de tornando, entre 20 e 40%, mais eficientes, os processos de engenharia.
Adeus, berlinas
Hau Thai-Tang confirmou ainda a nova estratégia de reformulação do portfólio da marca da oval azul, e que passa pelo abandono das berlinas tradicionais no mercado americano, em prol de produtos mais “audazes e emocionantes no design”, direcionados, preferencialmente, para o segmento das pick-up, comerciais e crossovers/SUV.
Setores que, acredita a nova liderança da Ford, garantirão à companhia norte-americana o regresso ao desafogo financeiro de outros tempos.
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Ford vai reduzir de 9 para 5 o número de plataformas
Depois de ter colocado travão a fundo nos custos com plataformas, passando de 30 para nove, a Ford quer ir ainda mais longe, reduzindo para apenas… cinco.
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