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Uma tecnologia não basta. Futuro da BMW com elétricos, fuel cell e combustão

O futuro da BMW não vai passar apenas por uma solução tecnológica e podemos esperar modelos com motor de combustão, elétricos e fuel cell.

BMW X1

Não obstante o plano da União Europeia que aprova o fim dos motores de combustão em 2035, a BMW encara o futuro sem colocar todas as fichas nos modelos 100% elétricos a baterias.

Apesar de ter traçado como objetivo um cenário onde 50% das vendas de todo o grupo — onde se inclui a MINI e a Rolls-Royce — sejam de modelos 100% elétricos até 2030, a BMW vai continuar a investir nos motores de combustão e no desenvolvimento de tecnologias alternativas, como a pilha de combustível a hidrogénio.

Nesse capítulo, a fabricante bávara prepara-se mesmo para iniciar até ao final deste ano a produção do iX5 Hydrogen — que nós já conduzimos —, ainda que numa escala muito pequena.

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BMW iX5 Hydrogen
BMW iX5 Hydrogen

Não se vai ficar por aqui. A BMW está empenhada em produzir em volumes mais substanciais modelos com pilha de combustível a hidrogénio já em 2025, sendo que para isso conta com uma parceria de longa duração com a Toyota, que é uma das principais impulsionadoras no que ao hidrogénio diz respeito, tendo em comercialização o Mirai.

Os elétricos com pilha de combustível a hidrogénio (FCEV ou fuel cell electric vehicle) são apenas uma parte da aposta da BMW para o futuro. Além dos FCEV vai obrigatoriamente contemplar modelos 100% elétricos a bateria e modelos com motor de combustão interna, onde se incluem os híbridos.

BMW X1
O novo BMW X1 vai apresentar-se com quatro motorizações distintas: gasolina, Diesel, híbrida plug-in e 100% elétrica.

Vendas dos elétricos mais elevadas do que o esperado

Como referimos acima, o objetivo da BMW (enquanto Grupo) é que em 2030 metade das suas vendas sejam de modelos 100% elétricos, mas ao ritmo atual, essa meta até pode ser cumprida antes.

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Em declarações ao Nikkei Asia, Pieter Nota, responsável de vendas da BMW, revelou que os veículos elétricos têm representado uma fatia nas vendas bem maior do que era esperado e disse: “se a velocidade atual se mantiver, podemos alcançar esses 50% um ou dois anos mais cedo”.

Contudo, e apesar dos números encorajadores, Nota lembra “que as infraestruturas (para elétricos) não são as mesmas em todo o lado” e destaca a escassez de materiais necessários para a produção deste tipo de veículos, nomeadamente dos metais raros que constituem parte das baterias.

Investimento nos motores de combustão é para manter

Apesar do esforço para desenvolver a tecnologia de pilha de combustível e a aposta cada vez maior nos 100% elétricos, a BMW continua empenhada nos motores de combustão e nos modelos que deles precisam (onde se incluem os híbridos) — se os elétricos vão representar 50% das vendas em 2030, significa que os outros 50% vão continuar a ser de modelos equipados com motor de combustão.

Pieter Nota BMW
Pieter Nota, responsável de vendas da BMW. BENE-MUELLER

“Vamos manter o nosso investimento no lado do motor de combustão”, revelou Nota, antes de dizer: “Acreditamos na importância das várias tecnologias porque não queremos colocar todo o nosso investimento em uma só área”.

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Recorde-se que já no início deste ano, em entrevista à publicação alemã Auto Motor und Sport, Frank Weber, diretor de desenvolvimento da BMW, tinha confirmado que a marca bávara já estava a desenvolver a próxima geração de motores de seis e oito cilindros, tanto a gasolina como a gasóleo.

Fonte: Nikkei Asia

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