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Galp e Northvolt juntam-se para criar refinaria de lítio em Portugal

A Galp e a Northvolt vão criar uma fábrica de conversão de lítio no nosso país. O projeto representa um investimento de 700 milhões de euros.

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Cada vez mais apostada na transição energética, a Galp associou-se à sueca Northvolt numa joint venture conhecida como “Aurora” e cujo principal objetivo é o de desenvolver em Portugal a maior e mais sustentável fábrica de conversão de lítio da Europa (aka uma refinaria de lítio).

joint venture, com uma base de participação de 50/50 de ambas as empresas, está ainda a realizar estudos técnicos e económicos, e a analisar as possíveis localizações para a refinaria, mas está previsto que as operações se iniciem até ao final de 2025 e que as operações comerciais arranquem em 2026.

Segundo a Galp, esta unidade fabril terá uma capacidade de produção anual de até 35 mil toneladas de hidróxido de lítio, o suficiente para a produção de 50 GWh de baterias por ano (o que equivale a baterias para 700 mil veículos elétricos).

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Andy Brown, CEO da Galp, lidera a equipa que está a transformar a Galp que os portugueses conhecem há mais de 40 anos.

Ainda ao abrigo desta joint venture, a Northvolt irá absorver até 50% da capacidade da unidade fabril para o fabrico das suas baterias.

Quanto aos valores envolvidos neste projeto, a Galp avança que este “poderá representar um investimento estimado de cerca de 700 milhões de euros e criar 1500 empregos diretos e indiretos”.

Lítio nacional não é suficiente

Como é óbvio, a refinaria de lítio que a Galp e a Northvolt planeiam construir no nosso país vai precisar de (muita) matéria prima, restando saber qual será a sua proveniência.

Para Paolo Cerruti, co-fundador e diretor de operações da Northvolt “é prematuro dizer quanto do lítio que virá para a refinaria será português (…) Temos uma palete de escolhas, de diferentes fontes e vamos optar consoante uma série de fatores”.

Já Andy Brown, o diretor executivo da Galp, relembrou que apesar de o memorando de entendimento entre a Galp e a Savannah (a empresa que está a desenvolver um projeto de extração de minério da mina do Barroso, em Boticas) ter expirado, as duas empresas continuam em conversações.

"A mina do Barroso não é grande o suficiente para abastecer esta fábrica. Teremos de ter outros fornecedores"

Andy Brown, diretor executivo da Galp.

Ainda assim, o diretor executivo da Galp frisou que “do ponto de vista do negócio não podemos pôr todos os ovos no mesmo cesto, há que diversificar as nossas fontes de lítio”.

No que diz respeito a essas possíveis fontes, Paolo Cerruti avançou que países como o Canadá, devido à sua pegada ambiental sustentável, o Brasil ou a Austrália são opções.

Por fim, quanto à localização desta unidade fabril, a Galp indicou Sines na candidatura ao PRR, mas Cerruti não se compromete com essa localização, referindo que a escolha dessa  localidade se deveu ao facto de ser “um local sério e credível”.

Segundo o co-fundador e diretor de operações da Northvolt a única garantia é de que a fábrica será em Portugal, sendo necessário esperar 18 meses a 20 meses para a conclusão de todos os estudos e para a apresentação da localização da refinaria.

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