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Governo alemão não concorda com o fim dos motores de combustão em 2035

Apesar do voto favorável do Parlamento Europeu para o fim dos motores de combustão em 2035, a Alemanha não concorda com a decisão.

Mercedes-AMG M 139

Há umas semanas vimos o Parlamento Europeu aprovar a proposta da Comissão Europeia para reduzir as emissões de CO2 em 100% para os automóveis novos a partir de 2035, o que significa um banir efetivo dos motores de combustão interna.

Uma decisão que não colheu a aprovação de todos, com as principais vozes contra o fim dos motores de combustão a virem da Alemanha, o centro da indústria automóvel europeia e o maior mercado automóvel europeu.

Depois da VDA (Associação da Indústria Automóvel da Alemanha) ter rejeitado a decisão do Parlamento Europeu, por deixar de fora outras alternativas tecnológicas (combustíveis neutros ou quase neutros em carbono) e por achar que é demasiado cedo para uma mudança tão radical, agora é o governo alemão que se manifesta contra.

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Volkswagen ID.3 Posto IONITY
Volkswagen ID.3 a carregar numa estação da IONITY. Gudrun Muschalla

Christian Lindner, ministro das finanças alemão, em declarações efetuados num evento organizado pela BDI (Federação das Indústrias Alemãs) realizado ontem, 21 de junho, anunciou que o governo alemão não concorda com a proibição da venda de automóveis com motores de combustão a partir de 2035.

Lindner disse que continuaria a haver nichos no mercado para motores de combustão, afirmando que esta proibição é errada e que o governo alemão não concordaria com esta legislação europeia. Ao mesmo tempo disse que a Alemanha seria um mercado líder para os veículos elétricos.

Apesar da posição agora conhecida do governo alemão — em linha com as que já tinha assumido em ocasiões anteriores —, vimos recentemente o Grupo Volkswagen e a Mercedes-Benz, dois dos principais grupos automóveis alemães a apoiarem esta proposta.

O Grupo Volkswagen considera a proposta para o fim dos motores de combustão interna nos automóveis novos em 2035 “ambiciosa, mas alcançável”, enquanto a Mercedes-Benz apoia a proposta em princípio, mas terá de ser, obrigatoriamente, acompanhada por uma forte expansão da infraestrutura de carregamento.

Ambos os grupos automóveis já anunciaram planos para só terem modelos 100% elétricos à venda na Europa antes de 2035.

Fonte: Automotive News