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Greve dos motoristas terminou. Reposição dos combustíveis será gradual

Foi decretado o fim da greve dos motoristas de matérias perigosas, sindicatos e patrões chegaram a acordo. A reposição dos combustíveis será gradual.

Posto de combustível

Patrões e sindicato dos motoristas de matérias perigosas chegaram a acordo depois de 10 horas de reunião mediada pelo Governo. Ficou acordada uma renegociação do contrato colectivo de trabalho e o reconhecimento da categoria profissional.

A primeira reunião está marcada para o dia 29 de abril, às 15h00 e foi estabelecido um prazo até ao final do ano para o acordo definitivo. Enquanto estão a tentar a chegar a um acordo de renegociação do contrato colectivo de trabalho, os sindicatos assumiram o compromisso de preservar a paz social.

Gustavo Paulo Duarte, presidente da ANTRAM, diz que a Associação que representa não sabe negociar em ambiente de greve e que o fim desta foi fundamental para se pensar num acordo.

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Greve é “última instância”

Pedro Pardal Henriques, advogado e vice-presidente do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas, revelou: “O que nos fez desconvocar a greve foi a garantia da ANTRAM e do Governo de que vamos iniciar esta negociação. Por outro lado, temos consciência que se continuássemos com esta greve, iríamos provocar muitos problemas ao país e essa não era a nossa intenção.”

O advogado do sindicato destacou ainda que o mais importante é que hoje todos sabem o que é um motorista de matérias perigosas e que cenário de greve no futuro, será apenas em “última instância”.

Reposição pode demorar uma semana

Haverá um processo gradual de reposição da normalidade nos postos de abastecimento, com os constrangimentos a poderem sentir-se nos próximos dias.

Nas próximas horas as filas devem continuar, só no turno da tarde de hoje é que os primeiros camiões começam a sair para repor combustíveis. A situação poderá estar completamente normalizada no prazo de 5 a 7 dias.

O braço de ferro entre sindicato e patrões durou 72 horas, tempo suficiente provocar a rutura de milhares de postos de combustíveis em todo o país. Durante este período, foram várias as empresas e setores de atividade afetados, com prejuízos ainda por calcular.