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Eletrificação do Grupo Volkswagen coloca em risco a aposta no GNC

Ao que parece a aposta do Grupo Volkswagen no GNC tem os dias contados. O objetivo é focar os esforços (e o investimento) na eletrificação.

Volkswagen Golf TGI

Até agora, a aposta do Grupo Volkswagen no GNC (Gás Natural Comprimido) era um exemplo, com o grupo alemão a contar com um total de 19 modelos que recorrem a este combustível divididos pelas suas diversas marcas.

No entanto, de acordo com o jornal alemão Handlesblatt, a aposta do Grupo Volkswagen no GNC parece ter os dias contados, passando o foco apenas e só para a eletrificação.

Segundo o jornal alemão, o CEO do Grupo Volkswagen, Herbert Diess, terá informado os executivos do grupo de que, gradualmente, as motorizações a GNC serão “reformadas”, com os atuais modelos que recorrem a esta tecnologia a não terem qualquer sucessor previsto.

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SEAT Ibiza FR TGI
A confirmarem-se estes rumores, a próxima geração do SEAT Ibiza deverá dizer adeus à versão TGI.

O objetivo passa por permitir libertar fundos que serão depois aplicados no plano de eletrificação do Grupo Volkswagen. O mesmo jornal afirma ainda que Herbert Diess terá declarado que os custos de desenvolvimento do GNC são superiores aos lucros potenciais criados por esta tecnologia.

Esta medida afeta os modelos atuais?

Apesar de a aposta do Grupo Volkswagen no GNC parecer estar prestes a terminar, esta decisão não vai afetar os atuais modelos a GNC que integram o portefólio das várias marcas do grupo.

O mais curioso acerca desta decisão é o facto de, até há bem pouco tempo, o GNC ser uma forte aposta do Grupo Volkswagen, com a SEAT, a Skoda e a própria Volkswagen a contarem com diversos modelos que recorriam (e recorrem) a esta tecnologia.

Senão vejamos. No ano passado, praticamente toda a gama SEAT recebeu versões a GNC; há dois anos, a Skoda revelou em Genebra um protótipo a GNC, o Vision X, e entretanto lançou um Scala que consome este combustível; por fim, a própria Volkswagen prepara-se para oferecer a nova Caddy com uma motorização a GNC.

A juntar a tudo isto, e a motivar ainda maior estranheza à volta desta decisão, está o facto de ainda há dois anos, o antigo CEO da SEAT, Luca De Meo, ter afirmado “o GNC tem um enorme potencial de negócio para a indústria automóvel” — algo mudou desde então…

Fontes: Handlesblatt e Automotive News Europe.


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