Dez elétricos usados por menos de 20 mil euros com +300 km de autonomia

Tem onde carregar e está a pensar trocar de carro? Então há uma grande probalidade de já ter ponderado comprar um elétrico. Porém, assustou-se quando viu os preços dos elétricos zero quilómetros. 2025 pode ser o ano em que essa percepção muda.

Finalmente, começam a surgir no mercado os primeiros elétricos usados com: poucos quilómetros, autonomias interessantes, garantia e, sobretudo, preços mais convidativos que os carros novos — ainda que este ano hajam novidades muito importantes a chegar ao mercado.

Queremos ajudar no trabalho de casa. Com base na plataforma do Piscapisca.pt, onde estão disponíveis mais de 50 mil carros usados, estabelecemos critérios que podem ajudar a encontrar um 100% elétrico sem abdicar do essencial: conforto, autonomia e custos de utilização reduzidos.

Ponto de partida? Menos de 20 mil euros e mais de 300 km de autonomia. Agora é só escolher a melhor unidade entre as várias disponíveis.

Elétricos

Elétricos por menos de 20 mil euros

Aqui, estão todos os automóveis elétricos do piscapisca.pt que custam menos de 20 mil euros. Entre eles, há propostas com uma autonomia acima dos 300 km.

Descubra aqui

Citroën ë-C4

O Citroën ë-C4 foi um dos primeiros modelos da Stellantis a incluir a nova plataforma multienergias. Nesta fórmula, há dois importantes ingredientes: o motor com 136 cv de potência e a bateria de 50 kWh que, no caso do C4, se traduzem numa autonomia próxima dos 350 km.

Além da autonomia, muito ajudada pelo peso comedido do conjunto, este modelo apresenta outra vantagem: o espaço interior. Neste link pode encontrar várias unidades à venda:

Fiat 500e

Um citadino pequeno mas cheio de estilo, é assim que muitos consumidores olham para o Fiat 500e. Lançado em 2020, por preços que podiam superar os 40 mil euros, este modelo está agora disponível no mercado de usados — dependendo da versão — muito abaixo da barreira “psicológica” dos 20 mil euros.

Vídeo

Novo Fiat 500 em vídeo. O melhor 100% elétrico do segmento?

Exclusivamente elétrico, o novo Fiat 500 apresenta-se com três carroçarias diferentes e dois tipos de bateria. Será este o melhor 100% elétrico do segmento?

João Delfim Tomé

Um modelo que não é só imagem. Tem um sistema elétrico que declara 320 km de autonomia máxima. O seu motor elétrico dianteiro desenvolve 118 cv e é alimentado por uma bateria com 42 kWh de capacidade. Neste link pode encontrar várias unidades, a mais barata por 14 500 euros:

Hyundai IONIQ

Este é o primeiro modelo desta lista que já está descontinuado. Isto não significa que o Hyundai IONIQ esteja completamente obsoleto, mas entra nesta lista por uma «unha negra». Na versão com baterias maiores anuncia apenas 311 km de autonomia (ciclo WLTP).

Também haviam versões híbridas e PHEV do IONIQ, mas aqui só nos importa a versão 100% elétrica.

Tinha um espaço razoável a bordo e uma boa oferta em termos de equipamento e qualidade, mas ainda não estava ao nível dos modelos da marca sul-coreana que conhecemos atualmente. Por isso, em 2019, na atualização efetuada a esta gama, foram melhorados diversos pontos, com um enorme destaque para o habitáculo. Encontrámos apenas duas unidades à venda em Portugal:

Recordamos que, em 2020, o IONIQ tinha um preço que se iniciava nos 40 950 euros. Pode recordar um dos nossos testes a este modelo coreano na Razão Automóvel.

Desde 40 950 euros

Testámos o renovado Hyundai Ioniq EV que promete mais autonomia, mas há mais novidades

7/10

A renovação do Hyundai Ioniq EV não se ficou apenas por mais autonomia. Para descobrir o que mudou, colocámos o elétrico sul-coreano à prova.

João Delfim Tomé

Hyundai Kauai EV

A Hyundai ainda conta com outra opção de peso neste guia de compra, que é o Kauai da primeira geração. Ainda que pareça pequeno por fora, o Hyundai Kauai oferece um espaço amplo no habitáculo e na bagageira, tornando-o numa aposta a considerar para uma pequena família.

Com o motor de 136 cv e uma bateria de 39,2 kWh, a marca anunciava uma autonomia máxima de 305 km, mas ainda existia uma segunda opção com baterias maiores de 64 kWh. A autonomia máxima declarada andava em torno dos 450 km.

Desde 44 275 euros

Hyundai Kauai EV 64 kWh testado. Um elétrico que nos deixa ir longe

8/10

O renovado Hyundai Kauai EV com a bateria de 64 kWh “oferece” 150 kW (204 cv) de potência e 484 km de autonomia. É este o Kauai elétrico a comprar?

Miguel Dias

MG ZS EV

Ainda não é uma presença muito frequente no mercado de usados, mas os MG são baratos com zero kms e ainda mais baratos usados.

Este SUV de tamanho médio da MG é um dos carros elétricos mais vendidos da marca. Como trunfos, tem um bom nível de equipamento e uma oferta de espaço que as famílias vão gostar.

Ao mesmo tempo, as versões com as baterias de maior capacidade (acima dos 50 kWh), já apresentam uma autonomia máxima (declarada) acima dos 320 km, ou mesmo dos 440 km, no caso da bateria de 70 kWh. Por ser uma marca recente no mercado, encontrámos poucas unidades disponíveis:

Nissan Leaf e+

O Nissan Leaf quase pode ser considerado o pai dos automóveis elétricos de volume, uma vez que foi este o automóvel que mostrou à maioria dos consumidores que esta tecnologia era mesmo uma possibilidade válida.

A primeira geração, de duas existentes, apresentava um visual bem mais moderno que o seu antecessor, além de também incluir um habitáculo mais amplo. O salto tecnológico também foi substancial.

Desde 42 450 euros

Nissan Leaf e+ (62 kWh) testado. A celebrar 10 anos de vida, ainda continua em forma?

7/10

Reencontramo-nos com o Nissan Leaf e+ com a bateria de maior capacidade (62 kWh) e na sua edição 10.º Aniversário. O elétrico japonês continua em forma?

Miguel Dias

Esta segunda geração tinha uma versão e+, que se destacava pela presença de uma bateria de 62 kWh, com a capacidade de estender a autonomia máxima até aos 396 km. E sim, há muitos Nissan Leaf disponíveis:

Opel Mokka-e

Regressamos às marcas do universo Stellantis. O Opel Mokka-e apresentou um visual mais arrojado que o habitual quando chegou ao mercado, em 2020. Na sua lista de novidades estava uma versão 100% elétrica.

Tem os mesmos ingredientes que já vimos aplicados ao Citroën Ë-C4, de que falámos mais acima, ou seja, o motor de 136 cv e a bateria de 50 kWh, que permitia a estas opções percorrer mais de 320 km com uma única carga.

Desde 35 955 euros

Mokka-e. Testámos o elétrico que abre uma nova era na Opel

7/10

O Opel Mokka-e tem um design arrojado e uma dinâmica bem mais envolvente que muitos dos seus rivais. Mas justifica o preço?

Miguel Dias

Neste contexto, havia ainda um outro descendente, separado à nascença dos seus irmãos e educado nos melhores colégios parisienses: o DS 3 E-Tense. Apesar de uma atitude mais elitista, a fórmula usada neste carro elétrico foi precisamente a mesma, uma vez que também estava incluído o mesmo motor, a mesma bateria e até a autonomia máxima de 320 km.

Peugeot e-208

Agora vamos esquecer os SUV, continuando no universo Stellantis. Tanto o Opel Corsa-e como o Peugeot e-208 foram desenvolvidos lado-a-lado. E ambos têm versões 100% elétricas.

Partilham a mesma plataforma e arquitetura do sistema elétrico não só entre os dois, mas também entre muitos outros modelos das marcas do grupo. Mais uma vez encontramos um motor de 136 cv em conjunto com a bateria de 50 kWh.

Pois é precisamente essa combinação que encontramos no 208 e no Corsa, restando optar entre o visual mais clássico do Opel ou pelo arrojo das linhas que incluem as garras do leão da Peugeot.

Renault Zoe

Já foi o carro 100% elétrico mais vendido no mercado europeu, por isso, não é de estranhar que existam inúmeras unidades do Renault Zoe disponíveis no mercado de usados.

Em termos de tamanho, o Renault Zoe era uma espécie de versão 100% elétrica do Renault Clio — que sempre teve motores de combustão —, mas com um visual mais sofisticado. As primeiras unidades contavam com uma autonomia máxima reduzida, pelo que não foram incluídas neste guia de compra.

Os Renault Zoe mais desejados são, essencialmente, os que receberam um visual mais moderno (em 2019) e que já contavam com motores mais potentes e duas opções de bateria: 40 e 50 kWh. Traduzindo para um valor de autonomia máxima, a marca francesa declarava números entre os 313 e os 390 km. Há muitas alternativas disponíveis à venda nesta plataforma:

Volkswagen ID.3

O primeiro dos Volkswagen com a designação ID prometia ser uma revolução de mercado tão grande como o primeiro Beetle ou o primeiro Golf, mas o fator “WOW” acabou por não ser tão grande como esperado para este primeiro carro elétrico.

Não lhe faltavam qualidades, mas o preço foi um entrave nos primeiros anos.

Vídeo

Vai fazer história como o Carocha? Testámos o Volkswagen ID.3 First Max (58 kWh)

O Volkswagen ID.3 chega ao mercado com grandes ambições. Para saber se tem o que é preciso o Guilherme Costa já o testou e dá-to a conhecer neste vídeo.

João Delfim Tomé

Ainda assim, este foi um momento marcante para a marca alemã. Deu início a uma nova era de modelos e estreou uma plataforma e um sistema elétrico que iria ser replicado em muitos outros produtos do Grupo Volkswagen.

O Cupra Born, por exemplo, é um irmão gémeo do ID.3, partilhando muitos dos seus componentes. Mas se nos restringirmos ao motor de 150 kW (204 cv), até se torna complicado enumerar todos os carros elétricos que também o receberam.

No caso do Volkswagen ID.3, as versões mais potentes de 204 cv contavam com baterias de 58 ou 77 kWh, que permitiam anunciar uma autonomia máxima de 425 ou 554 km, respetivamente. Aqui já consegue encontrar as primeiras unidades abaixo dos 20 mil euros:

O Volkswagen ID.3 é uma excelente forma de fechar este guia de compra dedicado a elétricos usados, porque é talvez um dos melhores elétricos usados que pode comprar. Qual é o próximo guia de compra que gostava de ver aqui na Razão Automóvel?

André Mendes

Jornalista automóvel desde o final dos anos 90. Assistiu às grandes transformações do setor e acredita que o melhor ainda está para vir.

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