Todos os elétricos novos que pode comprar até 38 500 euros

O incentivo à compra de veículos elétricos ligeiros novos foi aprovado, mas são várias as condicionantes que limitam o seu acesso.

Talvez a mais impactante seja a obrigatoriedade de entregar um carro a combustão com mais de 10 anos para abate na compra de um veículo ligeiro de passageiros elétrico novo. A outra condicionante está relacionada com o preço do veículo elétrico: não pode custar mais de 38 500 euros (IVA incluido).

Recordamos que o incentivo é de 4000 euros para pessoas singulares (sobe para os 5000 euros no caso das IPSS ou outras instituições de cariz solidário) e a verba total disponibilizada é limitada. Ao todo, só serão entregues 1050 incentivos (apenas 400 incentivos no caso das IPSS) referentes a 2024.

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Caso tenha em interesse candidatar-se ao incentivo, tem informações mais detalhadas no artigo acima. Para conhecer quais os modelos elegíveis para usufruir deste incentivo, continue a ler.

Escolha não falta: vai dos citadinos aos familiares; das berlinas aos SUV. Na lista abaixo destacamos um modelo por segmento, mas mais abaixo no artigo pode encontrar uma tabela com todos os elétricos à venda em Portugal com preços até 38 500 euros.

Citadino (seg. A): Dacia Spring a partir de 16 905 euros

Potência: 33 kW (45 cv); Bateria: 28 kWh; Autonomia: até 229 km (WLTP)

Atualizado recentemente, é fácil perceber porque é que o Dacia Spring é uma das escolhas prediletas dos clientes particulares europeus que compram elétricos. É uma proposta honesta e com a atualização, ganhou novos argumentos, especialmente ao nível dos equipamentos de segurança.

O melhor é que ficou mais barato, com preços abaixo dos 20 mil euros. O que não mudou foram as motorizações: pode ter 45 cv ou 65 cv e mantém uma pequena bateria de 28 kWh que permite até 229 km de autonomia.

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Em alternativa no segmento, tem o Fiat 500 que, ao lado do Spring, podia ser chamado de luxo. É também muito mais caro, mas na versão com bateria maior, anuncia até 320 km de autonomia.

Utilitário (seg. B): Citroën ë-C3 a partir de 23 300 euros

Potência: 83 kW (113 cv); Bateria: 44 kWh; Autonomia: até 326 km (WLTP)

Aquilo que parecia ser uma miragem, a Citroën conseguiu alcançar com o ë-C3 sem que fosse necessário fazer compromissos radicais. É agradável de conduzir, confortável, tem uma imagem divertida e versátil. Tudo o que se pedia que ele fosse.

Tem tiques de SUV, mas o ë-C3 aponta ao âmago do segmento B. A bateria de 44 kWh permite uma autonomia de até 326 km. No próximo ano será introduzida uma versão ainda mais barata, com uma bateria mais pequena (cerca de 30 kWh e apenas 200 km de autonomia), com preços a começar nos 19 990 euros.

Já há muitas alternativas ao ë-C3 no segmento. Talvez a que esteja a despertar mais curiosidade seja o Renault 5 E-Tech, que evoca o 5 original. Por enquanto só estão disponíveis as variantes mais caras, com a chegada das versões mais baratas (25 mil euros) a acontecer em 2025.

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B-SUV: Alfa Romeo Junior Elettrica a partir de 38 500 euros

Potência: 115 kW (156 cv); Bateria: 54 kWh; Autonomia: até 410 km (WLTP)

A morder o valor limite de 38 500 euros temos o Junior, o primeiro 100% elétrico da Alfa Romeo. Assenta sobre a mesma plataforma dos Jeep Avenger ou o Fiat 600, que são mais acessíveis, mas destaca-se pelo estilo desportivo e dinâmica mais apurada.

Por enquanto só o conduzimos na versão elétrica de topo Veloce (280 cv) e uma coisa temos a dizer: o resultado não nos desiludiu. Pontos menos conseguidos transversais à gama? Espaço na fila traseira e alguns materiais menos conseguidos.

Em alternativa ao Junior além dos «primos» e se precisar de mais espaço, temos os novos Citroën C3 Aircross e Opel Frontera para cobrir essas necessidades.

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Familiar (seg. C): Renault Megane E-Tech a partir de 32 995 euros

Potência: 96 kW (130 cv); Bateria: 42 kWh; Autonomia: até 294 km (WLTP)

O Renault Megane E-Tech Electric viu o seu preço baixar significativamente este ano, tornando-se numa proposta ainda mais atrativa. O interior cativa e o comportamento dinâmico convence, assim como a oferta tecnológica. Fica a faltar é algum espaço na segunda fila, mas não é nada de preocupante.

Se o Megane com a bateria de 42 kWh e até 294 km de autonomia não preenche as suas necessidades, a versão com a bateria de 60 kWh poderá ser a resposta: a autonomia cresce para os 463 km e ainda fica dentro do limite dos 38 500 euros.

Em alternativa no segmento C, temos ainda opções diversas como o conhecido Nissan Leaf ou o MG4.

C-SUV: Smart #3 a partir de 38 002 euros

Potência: 200 kW (272 cv); Bateria: 49 kWh; Autonomia: até 325 km (WLTP)

Não podia estar mais longe de um fortwo, o icónico citadino que deu o corpo e alma a esta marca. Mas o Smart #3 não deixa de ter apelo. Tem estilo, não falta espaço e está bem equipado. É um produto bem executado, com materiais e acabamentos que reforçam as suas ambições premium.

Até 38 500 euros está apenas disponível a versão base Pro, que também é a única do Smart #3 com a bateria de 49 kWh, que permite uma autonomia até 325 km. Os restantes #3 têm uma bateria com 66 kWh.

Nesta lista, juntamente com o Smart #1 não há nada que lhe toque em potência e performance: são 272 cv e apenas 5,8s nos 0 aos 100 km/h. Há uma #3 mais potente, o Brabus com 428 cv:

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Caso o orçamento passe e esta medida entre em vigor, a oferta de veículos ligeiros de passageiros elétricos novos será ainda maior. Estão para chegar mais modelos (alguns ainda este ano) que são abrangidos pelo limite de 38 500 euros. Entre eles:

• Leapmotor T03: chega em janeiro de 2025;
• Leapmotor C10: início de 2025;
• Skoda Elroq: primeiro trimestre de 2025;
• Leapmotor B10: 2025;
• Renault 4 E-Tech: 2025;
• FIAT Grande Panda: final de 2024 ou início de 2025.

Mariana Teles

O universo das «quatro rodas» entrou na sua vida por intermédio da Razão Automóvel. É a sua primeira volta no mundo do jornalismo e promete não parar.

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