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Casamento entre Nissan e Honda parece estar por um fio

As negociações para a fusão entre a Nissan e a Honda estão longe de ser, previsivelmente, as mais pacíficas. Perceba o que está em causa.

Nissan Juke - lateral, dinâmica
© Nissan

A Nissan terá decidido afastar-se do memorando de entendimento assinado com a Honda para uma potencial fusão, avança o jornal japonês Nikkei.

Ao que tudo indica, as negociações terão sido interrompidas depois da Honda ter proposto uma alteração significativa à proposta inicial. Em vez de uma fusão igualitária, o construtor japonês terá proposto comprar a Nissan, tornando-a sua subsidiária.

Esta opção terá surgido devido às dúvidas da Honda sobre a recuperação financeira da Nissan, que poderá levar mais tempo que o previsto. Recorde que uma das condições para a Honda avançar com a fusão era que a Nissan readquirisse o seu equilíbrio financeiro nos próximos meses.

A Nissan não terá encarado a proposta de ser uma subsidiária da Honda com bons olhos, dando um passo atrás nas negociações, de acordo com o Nikkei. Para o construtor, abdicar da sua autonomia — depois de a ter conseguido quando o Grupo Renault vendeu parte da sua participação —, não parece estar nos seus planos.

Nissan e Honda respondem

Um porta-voz da Nissan disse em resposta: “o artigo (do Nikkei) não é baseado em informação anunciada pela Nissan. Pretendemos finalizar e anunciar a nossa decisão em meados de fevereiro”.

Honda HR-V dianteira
© Honda Honda HR-V

Por sua vez, a Honda emitiu uma declaração onde afirmou que as duas empresas estavam “em processo de discussão de vários assuntos”.

Nada foi ainda decidido

De acordo com a publicação japonesa, porém, nem tudo está perdido. Houve uma pausa nas negociações, mas não pararam. Ambas as parte estão a considerar todas as alternativas de cooperação e integração.

A decisão final sobre se a fusão entre os dois construtores japoneses avança ou não, que deveria ter sido conhecida no final de janeiro, foi adiada para meados de fevereiro.

A falta de consenso relativamente à estrutura de poder da futura holding pode estar a ser um dos principais entraves ao avanço nas negociações.

No acordo inicial estava previsto que a Honda assumisse a liderança da nova empresa, o que poderá ter aumentado as preocupações da Nissan relativamente a uma eventual perda de autonomia.

E a Mitsubishi?

O terceiro parceiro desta potencial fusão era a Mitsubishi, mas recentemente disse que não pretendia fazer parte desta — um assunto que já aprofundámos neste artigo.

De acordo com o diretor executivo, Takao Kato, “nós estamos a estudar várias possibilidades. Ainda não temos todos os detalhes, e só tomaremos uma decisão quando tivermos tudo nas nossas mãos”.

Se as negociações entre a Honda e a Nissan terminarem com a formação de uma holding, esta transformar-se-á no terceiro maior grupo automóvel mundial, atrás da Toyota e do Grupo Volkswagen em vendas.

A Honda e a Nissan planeiam ter o acordo finalizado até junho de 2025. Caso tudo corra sobre rodas, a nova entidade deverá ser listada na Bolsa de Valores de Tóquio em agosto de 2026, com a deslistagem individual de cada uma das empresas a acontecer um pouco antes.

Fonte: Nikkei

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