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Subscrever um carro? Hyundai diz que resulta e vai expandir para mais mercados

A Hyundai quer expandir o seu sistema de subscrições de automóveis na Europa. A maioria dos construtores abandonou este negócio.

Hyundai IONIQ 9 - 3/4 de frente
© Hyundai

A Hyundai Connected Mobility está a pensar alargar o seu serviço de subscrição de carros, Mocean, aos principais mercados europeus. Atualmente, já está disponível na Espanha, Reino Unido e acabou de se estrear na Alemanha.

O Mocean Subscrition, como o próprio nome indica, é um serviço de subscrição de automóveis. Segundo a empresa, este oferece “todos os benefícios de ter um carro próprio, mas sem o compromisso da compra”. Esta plataforma oferece mais de 40 modelos da Hyundai, a combustão, mild-hybrid, híbridos, híbridos plug-in e elétricos .

Hyundai Tucson 2024 - vista lateral e frente
© Hyundai O Hyundai Tucson foi renovado e já está disponível para encomenda em Portugal.

Como funciona?

O funcionamento da Mocean é em tudo semelhante a um renting, mas mais flexível ao nível da duração. Através do pagamento de um determinado valor mensal, o utilizador, tem acesso a um automóvel.

Na Mocean, esta subscrição pode ser feita durante 1, 3, 6, 12 ou 24 meses, sendo que durante este tempo será paga uma mensalidade — cujo preço depende do automóvel escolhido, da duração do contrato, dos quilómetros contratados e da idade do assinante.

Pessoas com idade inferior a 25 anos pagam um valor adicional mensal. Na assinatura estão incluídos todos os custos associados ao automóvel: seguro, manutenção, inspeções, etc.

No fundo, o condutor só se responsabiliza pelos gastos de combustível, portagens e possíveis multas, sendo que a assinatura pode ser cancelada a qualquer altura.

Segundo Liran Golan, diretor dos serviços de mobilidade na Hyundai Connected Mobility, “é preciso estar mais atento às mudanças nas necessidades dos consumidores, e, obviamente à geração mais jovem, que já não pretende adquirir ou possuir um automóvel”.

Golan admire que apesar de “demorar tempo” até a Mocean gerar rentabilidade, que o caminho para o mesmo “é claro”, adicionando que “vai custar uns milhares de utilizadores ativos para se tornar rentável, mas estamos perto desses números”.

Uma aposta para o futuro

O diretor de serviços de mobilidade da Hyundai Connected Mobility adiantou também que já são alguns os construtores automóveis a seguir a ideia, contudo não especificou quais, sendo que se mostra confiante relativamente ao potencial deste o negócio. Espera que o modelo de subscrições represente entre 12% a 15% das vendas de carros novos até 2030.

Na Alemanha o mercado de subscrições deverá ter uma taxa de crescimento anual média de 33,5% até 2030, avançou Golan.

O Boston Consulting Group, estimou que o valor do mercado de subscrições de automóveis na Europa e nos EUA chegue aos 30-40 mil milhões de euros até 2030, e represente até 15% das novas vendas de automóveis.

Este sistema de subscrições está também a ser visto como uma forma de incentivar a adesão a automóveis elétricos. Na Alemanha, a maioria dos clientes da Mocean escolhem carros elétricos, divulgou o diretor da empresa.

David Bailey, professor na Universidade de Birmingham, reforçou esta ideia: “As subscrições automóveis são uma boa maneira dos clientes “molharem os pés” no mercado dos elétricos”, devido, em parte, ao pouco compromisso oferecido por estes serviços.

“Os condutores às vezes hesitam em adotar esta tecnologia (elétricos) devido aos altos custos iniciais, têm dúvidas relativamente à autonomia e incertezas sobre o valor de revenda.”

David Bailey, professor na Universidade de Birmingham

E as outras marcas?

Para além da Hyundai existem outros fabricantes que oferecem um plano de subscrições como é o caso da Porsche e da Jaguar Land Rover. Empresas de aluguer, como a Hertz, a Sixt e a SimpleCar também já começaram a implementar este modelo de negócio.

Por outro lado, a Volvo, que também tinha um plano de subscrições — Care by Volvo — foi obrigada a abandonar este serviço na Europa e nos EUA por falta de adesão.

Já a Lynk&Co, uma «marca irmã» da Volvo, chegou à Europa em 2021 com uma abordagem exclusivamente assente em planos de subscrição, para o seu modelo 01. A ideia era eliminar o modelo tradicional de venda e oferecer uma assinatura que funcionasse como uma alternativa moderna à posse convencional de um automóvel.

No entanto, essa estratégia inicial não conseguiu atrair clientes, obrigando a marca a vender os seus modelos da forma tradicional.

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