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Incentivos

Prazo a terminar mas mais de metade dos apoios aos elétricos não foram atribuídos

As candidaturas para os incentivos de compra a automóveis elétricos abriram em outubro, mas a adesão não está a corresponder às expectativas.

Sinal de estacionamento para carregamento de veículos elétricos
© Fernando Gomes / Razão Automóvel

A poucos dias de terminar o prazo de candidatura — termina no dia 31 de dezembro — para os apoios à compra de automóveis elétricos por pessoas singulares, só foram entregues 451 candidaturas (até à data do artigo), apesar de haver 1050 apoios disponíveis.

Das 451 candidaturas entregues, só foram aprovadas 329 candidaturas, o que é menos de um terço do total (!), tendo sido excluídas 39 candidaturas.

O valor do incentivo é de 4000 euros para pessoas singulares, desde que o custo máximo do automóvel elétrico não ultrapassasse os 38 500 euros (IVA incluído). Se multiplicarmos o valor do incentivo pelos 1050 apoios disponíveis, obtemos uma verba de 4,2 milhões de euros. Isso significa que estão ainda por atribuir 2,552 milhões de euros.

Pessoa a colocar cabo de carregamento no Fiat 500
© Fiat

Este cenário contrasta com o de anos anteriores, em que as candidaturas aos incentivos para aquisição de automóveis elétricos esgotaram em poucos dias.

Tem de entregar carro para abate

A pouca adesão por parte das pessoas singulares a estes incentivos justifica-se, essencialmente, pela exigência da entrega para abate de um carro com motor de combustão com mais de 10 anos para ser elegível a este incentivo.

Segundo Pedro Faria, presidente do conselho diretivo de utilizadores de veículos elétricos (UVE), citado pelo Jornal de Notícias, a “taxa de execução muito baixa” dos incentivos é justificada, precisamente, pela exigência de abater um carro com motor de combustão com mais de 10 anos.

Adicionando ainda que “é uma situação muito penosa” para quem comprou carro no início do ano, porque não sabia que seria preciso um veículo para abate. Relembramos que as candidaturas aos apoios só ficaram ativas em outubro, mas continuam a abranger os veículos adquiridos e matriculados desde o dia 1 de janeiro de 2024.

O Governo, com este programa de incentivos, tinha como objetivo renovar o parque automóvel circulante, retirando das estradas portuguesas um carro a combustão por cada apoio atribuído.

Outras categorias

Não são só os incentivos aos automóveis elétricos ligeiros de passageiros que registam pouco interesse. No caso das IPSS, dos 400 apoios disponíveis, foram apenas recebidas duas candidaturas. Uma já foi aceite e a outra encontra-se por validar.

Por sua vez, dos 4550 apoios reservados para as bicicletas elétricas, foram recebidas 3696 candidaturas. Destas, apenas 838 candidaturas foram aceites e 74 foram excluídas.

As únicas tipologias de veículos que receberam mais candidaturas do que o número de apoios disponíveis, foram as de bicicletas de carga com ou sem assistência elétrica (T3) e os motociclos elétricos (T5). No caso das bicicletas de carga, foram entregues 403 candidaturas para 300 apoios disponíveis. Destas, foram aprovadas 339 candidaturas.

Relativamente aos motociclos, ciclomotores, triciclos, quadriciclos e outros dispositivos de mobilidade pessoal elétricos, foram feitas 1556 candidaturas para um total de 1050 apoios. Já foram aceites 276 candidaturas e 8 foram excluídas.

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