Luca de Meo. Euro 7 vai levar a menos vendas e fecho de fábricas

Luca de Meo, diretor executivo do Grupo Renault, traçou um cenário preocupante para a indústria automóvel no «pós-Euro 7», no seu primeiro discurso desde que assumiu as funções de presidente da ACEA, a Associação Europeia de Construtores de Automóveis, no início do ano.

Começou por afirmar que a norma Euro 7 (data de implementação anunciada para 1 de julho de 2025) é contraproducente face às metas de redução de emissões, mas de Meo foi mais longe.

O presidente da ACEA prevê que haja um aumento de 1000 euros no custo por veículo para os construtores, que se refletirá num aumento de cerca de 2000 euros para os consumidores, com particular impacto no preço dos veículos dos segmentos mais baixos.

Recorde-se que esta não é a primeira vez que a ACEA alerta para o impacto da Euro 7 no custos dos veículos, tendo já deixado várias críticas à nova norma.

A Comissão Europeia, por outro lado, prevê um aumento de apenas 90 euros a 150 euros no custo dos veículos ligeiros, um valor bem abaixo do agora previsto por Luca de Meo.

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A título de exemplo e caso se confirmem estas previsões, de Meo afirmou que o Grupo Renault que também lidera, teria de fechar quatro fábricas.

O presidente da ACEA afirmou, no final, que o enorme investimento a que a norma Euro 7 vai obrigar podia ser aplicado de outra forma e, acima de tudo, com melhores resultados.

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Ainda sobre este tema, o presidente da ACEA afirmou: “poderíamos alcançar uma relação custo-benefício muito melhor se usássemos o investimento na Euro 7 para acelerar a eletrificação, tornando os elétricos mais acessíveis ou reduzindo as emissões dos modelos atuais através, por exemplo, de combustíveis alternativos“.

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Apaixonado por automóveis desde sempre, o João divide os seus dias entre as teclas da Razão Automóvel e a chave de parafusos do Lada Niva que está a recuperar.

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