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Indústria

AFIA quer mais uma fábrica automóvel em Portugal

Adão Ferreira, secretário-geral da Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel, apela também a uma reinvenção da cadeia de abastecimento da indústria automóvel.

Volkswagen T-Roc na linha de produção Autoeuropa
© Volkswagen

É necessário atrair um novo construtor automóvel para estabelecimento de uma nova linha de montagem no país”, são as palavras de Adão Ferreira, secretário-geral da Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA), em entrevista ao Vida Económica.

Adão Ferreira justifica-se com as “janelas de oportunidade para a indústria automóvel em Portugal” que estão a ser criadas pela transformação da própria indústria automóvel, que vão desde a limitação de emissões, à condução autónoma, passando pelo aumento da conectividade.

Segundo o próprio, Portugal deveria “promover a imagem do país no exterior com vista à captação de mais investimento estrangeiro, com particular enfoque na necessidade de criação de uma nova linha de montagem”.

Pinças de travão na linha de montagem
© André Mendes / Razão Automóvel

Trazer mais um construtor automóvel, juntamente com os grandes fornecedores e integradores internacionais de componentes (Tier 1) para o país, iria contribuir para a redução da dependência (sobretudo) asiática que se faz sentir na indústria automóvel europeia.

Além disso iria mitigar muitas das dificuldades (custos elevados e atrasos de entregas) atuais da indústria, ao mesmo tempo que “teria um elevado impacto de alavancagem para toda a indústria de componentes automóveis”.

Adão Ferreira fala não só na “redução da dependência do abastecimento de outros continentes”, como também na “redução da nossa pegada de carbono”, algo que considera crucial ter em conta.

Vulnerabilidade da indústria

Esta é uma problemática mais vasta que afeta toda a indústria automóvel europeia. Recorde a recente crise que se registou no Mar Vermelho e no Canal de Suez, que causou graves prejuízos e que de acordo com Adão Ferreira veio comprovar a vulnerabilidade crescente das cadeias globais de abastecimento.

“Uma cadeia de abastecimento resiliente é fundamental.”

Adão Ferreira, secretário-geral da AFIA

Assim sendo, este assume que a resolução deste problema parte da “reconsideração da sua estratégia de fornecimento”, dando ênfase à promoção da colaboração com fornecedores europeus e à relocalização de componentes-chave.

“Manter o nível de competitividade do setor e estabelecer políticas europeias que ajudem as empresas é totalmente necessário nesta mudança de realidade e estratégia global.”

Adão Ferreira, secretário-geral da AFIA

Não é a primeira vez que ouvimos falar da necessidade da indústria automóvel de repensar a sua estratégia.

Recentemente, Andrew Bergbaum, co-líder da prática automóvel e industrial na AlixPartners, apelou, num relatório, a uma reinvenção urgente do modelo de funcionamento atual da indústria automóvel. Saiba o que está em causa:

2024 desafiante

Relativamente a 2024, está a ser um ano desafiante. No acumulado do ano até abril, as exportações de componentes automóveis portugueses atingiram os 4300 milhões de euros, o que representa uma diminuição de 1,6% face a 2023.

Em relação às perspetivas para o ano de 2024, a AFIA, ainda assim, prevê um crescimento de até 5%, face aos 12,8 mil milhões exportados no ano passado (em que foram estabelecidos novos recordes absolutos).

Fonte: Vida Económica

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