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Aston Martin e Bentley adiam lançamento dos primeiros elétricos

Os elétricos da Aston Martin e a Bentley não foram cancelados, mas vão chegar mais tarde que o previsto. Conheça as razões.

Bentley Mulsanne e Aston Martin Vantage
© Razão Automóvel

Tanto a Aston Martin como a Bentley adiaram os lançamentos dos seus primeiros 100% elétricos, tendo decidido reforçar a aposta nos híbridos plug-in. Estas não são as primeiras marcas a «dar um passo atrás» em relação a este tipo de veículos.

Recordamos que a partir do segundo semestre de 2023 tem-se verificado um arrefecimento na procura por elétricos, e muitos foram os fabricantes de automóveis a rever os seus planos «elétricos», adiando lançamentos e metas de vendas.

É importante realçar, no entanto, que apesar da diminuição da procura por elétricos, não significa que tenha desaparecido. Afinal, as vendas dos elétricos ainda está a subir, só que não ao ritmo esperado pela indústria.

Elétricos? Sim, mas num futuro mais distante

Assim, tanto a Aston Martin como a Bentley que tinham previsto mostrar os seus primeiros modelos 100% elétricos no próximo ano, adiaram para 2026 e 2027, respetivamente.

Os planos da Aston Martin previam o lançamento de não apenas um, mas sim quatro modelos elétricos nos próximos anos. A marca britânica não confirma se estes teriam como missão substituir de vez a sua gama atual, composta por três coupés/cabrios e o SUV DBX.

A Aston Martin justificou a decisão de adiar a introdução do seu primeiro elétrico com o facto da “procura dos consumidores não estar ao ritmo que os analistas e os políticos pensavam que iria estar atualmente”.

“Sentimos que há pessoas que querem alguma eletrificação para circular na cidade durante 10 km ou 20 km, mas querem ainda ter o cheiro, sensação e ruído de um carro desportivo quando chegam à autoestrada.”

Lawrence Stroll, presidente da Aston Martin

Adrian Hallmark, diretor executivo da Bentley, por sua vez, justifica o adiamento da chegada do primeiro elétrico com problemas técnicos, sobretudo de software.

É um problema que tem afetado o calendário de lançamento de vários elétricos dentro do Grupo Volkswagen, como aconteceu com os novos Porsche Macan e Audi Q6 e-tron, que recorrem à plataforma PPE, a mesma que está prevista ser usada pelo primeiro elétrico da Bentley.

Problemas que começam a ficar para trás, com Hallmark agora a referir que o desafio é o de atingir as metas propostas, como uma autonomia de 600 km, para que o seu elétrico fique em paridade com os seus modelos a combustão.

O adiamento do primeiro elétrico obrigou a Bentley a rever todo o seu plano Beyond 100, que teria como objetivo final uma gama totalmente elétrica em 2030. O primeiro elétrico deveria ser lançado em 2025, que seria seguido de mais quatro modelos elétricos, ao ritmo de um por ano.

O presente é híbrido e plug-in

Se as razões pelas quais os dois fabricantes de luxo optaram por adiar o lançamento dos seus elétricos são díspares, o “plano B” de ambas não podia ser mais idêntico: apostar forte nos híbridos plug-in antes da transição final para os 100% elétricos.

“Esperamos um decréscimo na procura de híbridos em 2028, 2029 e 2030, mas, até lá, esperamos que cresça. Dá-nos mais oportunidades e segurança contra a adoção mais lenta dos elétricos.”

Adrian Hallmark, diretor executivo da Bentley

A Bentley mantém, assim, o seu objetivo delineado em 2020 de transformar todos os seus motores de combustão em híbridos plug-in até 2026.

A Aston Martin por sua vez, mantém também a intenção de lançar no final deste ano o seu primeiro modelo híbrido plug-in. Este assumirá a forma de um supercarro de motor central traseiro, o Valhalla, que irá recorrer aos préstimos do 4.0 V8 biturbo da Mercedes-AMG.

Fonte: Autocar e Automotive News

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