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AFIA pressiona Autoeuropa. “Gostaríamos que usasse mais componentes nacionais”

A Autoeuropa vai receber a produção do futuro Volkswagen ID.1, no entanto, a AFIA alerta para a baixa utilização de componentes nacionais.

Volkswagen Autoeuropa - Palmela
© Volkswagen

A produção do futuro Volkswagen ID.1 na fábrica da Autoeuropa, em Palmela, foi recebida com grande entusiasmo pela indústria e a AFIA (Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel) não fugiu à regra.

Contudo, embora reconheça o impacto “positivo” deste investimento para a indústria e economia portuguesa, a associação sublinha que a Autoeuropa continua a recorrer maioritariamente a fornecedores internacionais, apesar de ser a maior fábrica automóvel do país e responsável por 71% da produção nacional.

“De uma assentada, a economia portuguesa conquista a garantia de produção de um novo veículo elétrico, que assegura o futuro da unidade de Setúbal de uma fábrica de nova geração da Volkswagen, e de uma enorme cadeia de valor de fornecedores nacionais, por muitos anos”, disse em comunicado o ministro da economia, Pedro Reis.

Em declarações ao Eco, José Couto, presidente da AFIA, defendeu a necessidade de valorizar a indústria nacional de componentes: “gostaríamos que a Autoeuropa usasse mais a indústria nacional de componentes. Se houver um contributo do orçamento nacional para este aumento de atividade da Volkswagen (em Portugal), não deve deixar de ser posto em cima da mesa que a indústria nacional de componentes deve ser valorizada”.

Couto reforçou ainda que os fornecedores portugueses já trabalham com a Volkswagen a nível global, estando em condições de fornecer também a Autoeuropa: “A indústria nacional de componentes também abastece a Volkswagen noutras partes do mundo, por isso também está em condições de fornecer e favorecer a competitividade da Autoeuropa”.

Volkswagen ID.Every1, frente 3/4
© Volkswagen Volkswagen ID.Every1

Exportações de componentes em queda

A preocupação da AFIA surge num contexto de queda nas exportações portuguesas de componentes automóveis, que diminuíram 4,5% em 2024 face ao ano anterior, totalizando 1,785 mil milhões de euros no acumulado do ano.

Este resultado ficou abaixo das expectativas da AFIA que ainda não consegue explicar totalmente o resultado, mas segundo esta “há a perceção de alteração do mix de produção na Europa e o reforço de outros destinos”.

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