Afinal a Autoeuropa continua na corrida pelo elétrico mais barato da VW

Ainda nada está decidido. A notícia ontem veiculada pela Razão Automóvel, que dava conta de que uma fonte do Grupo Volkswagen tinha confirmado a ida da produção do modelo para a fábrica de Martorell, em Espanha, tem de ser retificada: os componentes que a Autoeuropa vai produzir não são do Volkswagen ID.1 e o local da produção do modelo não está definido.

Fontes oficiais ligadas ao processo, assumiram que se tratou de um erro de interpretação que levou a uma resposta errada às questões da Razão Automóvel. A resposta, referia-se à produção de componentes da família ID.2 em Palmela e não à produção final do ID.1.

Em novas declarações, confirmam que ainda não foi tomada uma decisão final relativamente ao destino das linhas de produção do Volkswagen ID.1. A Autoeuropa continua por isso na corrida pela produção deste modelo cujo preço deverá iniciar-se nos 20 mil euros, segundo o construtor.

Trata-se de um 100% elétrico, com base na plataforma MEB Entry e que será o elétrico de entrada da Volkswagen. Fiquem a conhecer o ID.EVERY1, que antecipa o futuro ID.1.

Quais são os trunfos da Autoeuropa?

Longe de especulações, a Volkswagen Autoeuropa apresenta vantagens concretas, face às outras duas fábricas do Grupo VW que também estão nesta corrida pelo ID.1: Poznan, na Polónia e Mladá Boleslav, na República Checa.

Tal como publicámos nesta análise, a fábrica portuguesa tem também em Espanha um grande vantagem.

A primeira vantagem é a proximidade geográfica da Autoeuropa com as fábricas de Martorell, Pamplona e Sagunto (perto de Valência). Fábricas muito importantes porque o Grupo Volkswagen decidiu centralizar em Espanha a produção dos seus elétricos mais compactos como o ID.2, ID.2X, CUPRA Raval e Skoda Epiq.

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Joaquim Oliveira

Em segundo lugar, as baterias para estes modelos elétricos serão produzidas, igualmente, em Espanha, mais precisamente em Martorell e Sagunto. Tendo em consideração que o futuro ID.1 vai partilhar praticamente todos este componentes com os restantes modelos mencionados, isto dá à Autoeuropa vantagens logísticas e de custos muito significativas no elemento mais caro de um 100% elétrico: as baterias.

Por último, a Autoeuropa é uma das fábricas mais eficientes do Grupo Volkswagen — em 2023 essa eficiência garantiu um prémio internacional à fábrica portuguesa.

Ainda vamos ter de esperar para saber se a produção do ID.1 vai ou não para a Autoeuropa. Para já há apenas uma certeza: a segunda geração do SUV mais vendido da Volkswagen na Europa, o T-Roc, começará brevemente a sair das suas linhas de produção.

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Redação

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