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Depois dos processadores pode vir a faltar… borracha

Já a braços com a escassez de processadores, a indústria automóvel pode estar à beira de ter de enfrentar a falta de borracha.

Pneus desportivos

Primeiro os processadores, agora a borracha. Segundo avança a Bloomberg, a indústria automóvel pode estar prestes a ter de enfrentar outra crise, com os analistas a alertarem para a escassez de borracha que é usada na produção de pneus e dos mais diversos componentes.

Segundo estes, as provisões de borracha estão em níveis bastante baixos, em parte devido ao aumento da procura para produzir luvas e outros produtos necessários no combate à pandemia.

Para piorar a situação, o fornecimento de borracha foi também afetado por secas, cheias e até uma doença que afeta as árvores usadas para a produzir no Vietname e na Tailândia, dois dos maiores produtores mundiais deste produto.

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Pneus
Os pneus são a face mais visível do uso de borracha na indústria automóvel. Contudo este material é usado em componentes como os tapetes, tubagens e muitas outras peças.

Preços a subir

A Bloomberg alerta ainda que além de todas estas situações, a China começou a reforçar o seu stock de borracha no ano passado, algo que outros países não fizeram.

Isto refletiu-se no aumento do preço por quilo de borracha, que em fevereiro estava já nos dois dólares e que segundo Robert Meyer, ex-presidente-executivo da empresa Halycon Agri Corp., poderá chegar aos cinco dólares por quilo nos próximos cinco anos.

Além disto, em declarações à Bloomberg, Meyer reforçou que “os problemas que vemos agora são estruturais (…) e não vão desaparecer depressa”.

Efeitos (ainda) não se fazem sentir

Segundo avança a Carscoops, a Ford e a Stellantis já confirmaram que estão a monitorizar a situação mas ainda não sentiram os seus efeitos.

Acerca deste tema, um porta-voz do representante do fabricante de peças Foley and Lardner LLP disse: “Na nossa perspetiva, por enquanto, não está nem perto do nível de escassez de processadores mas está definitivamente a crescer”.

Já Steve Wybo, da consultora Conway MacKenzie, relembrou à Bloomberg a tendência de açambarcamento, dizendo: “É como as toalhas de papel no início da pandemia. Se você conseguir comprar algum plástico ou borracha, vai pedir mais do que precisa, porque não sabe quando vai conseguir fazer a próxima encomenda”.

Fontes: Bloomberg, Carscoops.

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