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UE vai subsidiar produção de baterias. Mas há uma condição

A União Europeia quer reduzir a dependência de países externos a todo o custo e já começou a implementar medidas na produção de baterias.

Baterias Porsche

A União Europeia (UE) vai disponibilizar subsídios que ascendem a mil milhões de euros aos fabricantes de baterias europeus, mas com uma condição: não podem depender de componentes chineses para o fabrico dos seus produtos.

Ou seja, com o objetivo de impulsionar a produção local, a UE afirma que pretende favorecer os projetos cuja dependência de matérias-primas ou componentes provenientes da China é inferior.

Além disto, os projetos que receberem os subsídios terão de garantir que as patentes geradas fiquem registadas nos estados-membros da UE. Desta forma, os direitos de propriedade intelectual permanecem dentro da UE, fortalecendo a competitividade da indústria europeia e reduzindo a dependência de outros países.

SEAT S.A. produção de baterias
© SEAT S.A. SEAT S.A. produção de baterias em Espanha

Outras iniciativas

Em paralelo com estes subsídios, foram anunciadas no dia 3 de dezembro duas outras iniciativas destinadas a financiar projetos relacionados com o desenvolvimento de tecnologias neutras em carbono (net-zero technologies) e hidrogénio. Também aqui, a UE incluiu critérios que favorecem os produtores europeus.

Num leilão de 1,2 mil milhões de euros destinado a estimular a produção de hidrogénio, os projetos vencedores terão de limitar a utilização de pilhas de eletrólise da China a 25% da capacidade total, seguindo regras definidas este ano.

Relativamente a um financiamento de 2,4 mil milhões de euros para o desenvolvimento de tecnologias neutras em carbono, um dos critérios de seleção inclui uma avaliação à capacidade que cada projeto tem de reduzir a dependência das matérias-primas críticas e de países externos à UE. Recorde-se que a Europa ainda depende da China para tecnologias como painéis solares e os seus componentes, por exemplo.

“As três iniciativas simbolizam novos critérios de resiliência para impulsionar a indústria europeia.”

Teresa Ribera, Vice Presidente executiva da Comissão

Estas ações fazem parte de uma política que tem como objetivo manter a produção na Europa, como parte de uma transformação económica que visa atingir a neutralidade carbónica até 2050.

Fonte: Bloomberg

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