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Qual crise? Indústria de componentes cresce há 17 meses consecutivos

A indústria de componentes automóveis em Portugal está a crescer este ano 16,4%, em contraciclo à evolução das exportações nacionais.

Caixa de velocidades Renault produzida na fábrica de Cacia, em Portugal
© Renault

As exportações nacionais apresentaram, no último mês de setembro, uma variação negativa de 8,2%, mas a indústria de componentes automóveis contraria essa performance, com um crescimento nas exportações de 3,5% relativamente ao período homólogo de 2022.

É o que podemos ver nos números divulgados pela Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA), cujo aumento se traduz em 1130 milhões de euros.

porta de veículo comercial
© Simoldes Plásticos

Regista-se ainda, nos primeiros nove meses do ano (janeiro a setembro), um acréscimo de 16,4% face ao período homólogo de 2022, traduzindo-se num total de 9377 milhões de euros.

É o décimo sétimo mês consecutivo que Portugal regista uma subida nas exportações de componentes automóveis. O principal destino destes componentes continua a ser o continente europeu, concentrando 89,3% das vendas realizadas desde o início do ano corrente, verificando-se, assim, um aumento de 18,9% relativo ao mesmo período em 2022.

Em comparação com o primeiro trimestre do ano (janeiro a março), Espanha continua a ser a principal compradora de componentes automóveis portugueses, com uma quota de 27,9%. Seguida pela Alemanha (22,6%), pela França (10,6%), e pelos Estados Unidos da América (4,2%).

A AFIA nota que apesar da indústria de componentes automóveis “enfrentar desafios e cenários que continuam a afetar empresas e fornecedores”, esta tem-se esforçado para manter a sua competitividade. Mostrando-se, desta forma, um setor “resiliente e de elevada adaptabilidade”.

Fonte: AFIA