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CEO da Volkswagen alerta. Custos de energia na UE colocam em causa novas fábricas de baterias

O CEO da Volkswagen alerta ainda para a perda de atratividade e competitividade da Alemanha e União Europeia na transformação industrial que já ocorre.

O Grupo Volkswagen planeia ter seis fábricas de baterias na Europa em 2030, mas o diretor executivo da Volkswagen, Thomas Schäfer, diz que estas podem não ser viáveis caso a atual crise energética se mantenha.

Numa publicação na sua página de Linkedin, o executivo alemão afirmou: “A menos que consigamos reduzir os preços da energia na Alemanha e na Europa de forma rápida e confiável, os investimentos em produção intensiva de energia ou em novas fábricas de baterias serão praticamente inviáveis”.

Schäfer alerta mesmo que se nada for feito, a “criação de valor nesta área ocorrerá noutro lugar” e acrescenta: “a Alemanha e a União Europeia estão a perder rapidamente atratividade e competitividade. Os EUA, Canadá, China, Sudeste Asiático e regiões no norte de África estão a avançar mais depressa.”

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Thomas Schafer, CEO Volkswagen
Thomas Schäfer, o diretor executivo da Volkswagen.

O exemplo norte-americano

Os ministros da economia francês e alemão concordaram em reforçar a cooperação entre a França e a Alemanha em política industrial, o que Schäfer diz “ser um passo na direção certa”, mas alerta que o documento apresentado “falha nos pontos cruciais e não estabelece as prioridades esperadas”.

Para Schäfer é “alarmante que a União Europeia com o seu quadro regulamentar não esteja bem posicionada para a transformação da indústria (eletrificação) que já está a ocorrer” e dá como exemplo a seguir as medidas adotas pelos EUA.

O responsável máximo da Volkswagen recorda que “com o “Inflation Reduction Act”, os EUA oferecem às empresas incentivos altamente atrativos para investimentos em novas fábricas e produção”.

Aponta ainda à União Europeia a manutenção de “regras de apoios estatais obsoletas e burocráticas que promovem regiões em vez da preservação e transformação de áreas industriais inteiras”.

Por fim, Thomas Schäfer alerta que não há tempo a perder: “a União Europeia precisa urgentemente de novos instrumentos para evitar uma desindustrialização insidiosa e manter a Europa atraente como local para futuras tecnologias e empregos”.

Fonte: página de Linkedin de Thomas Schäfer 

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