Notícias Presidente da ACEA diz que “precisamos de metas de emissões mais flexíveis”

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Presidente da ACEA diz que “precisamos de metas de emissões mais flexíveis”

Ola Källenius, novo presidente da ACEA, que assumiu o cargo este mês, apelou a uma revisão das metas de emissões para 2025.

Ola Källenius
© Mercedes-Benz

Numa carta aberta, Ola Källenius, o novo presidente da Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA) e diretor executivo da Mercedes-Benz, apelou à União Europeia (UE) para uma revisão das metas de emissões, adaptando-as às condições atuais da indústria automóvel.

As novas metas para 2025, fixadas em 93,6 g/km (WLTP) — menos 15% que no ano passado — impõem um grande desafio aos fabricantes. Para cumpri-las, mais de 20% das vendas na UE precisariam de ser veículos elétricos. Contudo, segundo dados recentes, apenas 13,4% das vendas entre janeiro e novembro de 2024, corresponderam a automóveis elétricos.

O risco de incumprimento é elevado e pode acarretar multas significativas: 95 euros por carro e por grama acima do estipulado, por construtor. Para referência, em 2021 — última vez que as metas de emissões foram atualizadas, as multas atingiram um valor de 500 milhões de euros no total.

Na carta, o presidente da ACEA alerta para o facto de que estas multas podem comprometer investimentos vitais no futuro: “o risco de multas pesadas pelo incumprimento das metas de emissões vai desviar fundos necessários de I&D (Investigação e Desenvolvimento) e de outros investimentos”.

Sigrid de Vries, diretora geral da ACEA, e Ola Källenius, presidente da ACEA

Descabornização mais realista

Apesar de reafirmar o compromisso da ACEA com a neutralidade climática até 2050, Ola Källenius criticou a rigidez do atual Acordo Verde Europeu:

“Precisamos de um plano realista para descabornizar a indústria automóvel europeia — um que seja orientado para o mercado e não para multas.”

Ola Källenius, presidente da ACEA

Källenius destacou que a estratégia de descabornização deve priorizar o crescimento económico e a competitividade, ao invés de limitar o progresso. No entanto, a carta não propôs medidas concretas como alternativa ao atual sistema de multas.

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