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Estes países estão a pedir à UE que abdique das multas de emissões

São vários os países a pedir à União Europeia que abdique das multas de emissões que pretende aplicar já em 2025.

Com o final do ano a aproximar-se, a pressão sobre a União Europeia (UE) para rever as metas de emissões de CO2 (dióxido de carbono) para 2025, assim como as multas associadas, continua a aumentar.

Na última semana, alguns dos principais países produtores de automóveis, como a Alemanha, Itália e Chéquia, têm pressionado no sentido de uma renúncia às multas, uma vez que são vários os construtores em risco de não conseguirem cumprir os novos objetivos.

A partir de 1 de janeiro de 2025, os construtores de automóveis que vendem na Europa, terão de reduzir as suas emissões de CO2 em 15%, o que se traduz numa descida de 115,1 g/km (WLTP) para 93,6 g/km (WLTP). O incumprimento das metas pode levar a uma multa de 95 euros por carro e por grama acima do estipulado, por construtor. Estima-se que o valor das multas possa chegar a 15 mil milhões de euros no próximo ano, sendo o Grupo Volkswagen o mais afetado.

A pressão alemã

Olaf Scholz, chanceler alemão, na última reunião do Conselho Europeu, foi bastante vocal relativamente a esta problemática, declarando que não faz sentido impor mais dificuldades a uma indústria que já se encontra em crise. Segundo este, os consumidores não podem ser obrigados a comprar automóveis elétricos.

Para cumprir as metas de emissões estabelecidas para o próximo ano, mais de 20% das vendas automóveis na UE terão de ser elétricos. Atualmente, estamos longe dessa quota — 13,4% de janeiro a novembro —, e com a procura por automóveis elétricos a continuar a descer, as previsões não são positivas.

“Acho que não impor multas e perceber que outras alternativas existem é o mais correto a fazer. Não existem soluções óbvias, mas penso que algo há de ser encontrado.”

Olaf Scholz, chanceler alemão

Os primeiros ministros italiano e checo também terão tentado convencer Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, a desistir das multas, segundo uma fonte anónima.

Embora a presidente pareça inflexível quanto ao levantamento das multas ou suavização das metas de emissões, Von der Leyen apresentou uma nova iniciativa: o Strategic Dialogue on the Future of the Automotive Industry (Dialogo Estratégico sobre o Futuro da Indústria Automóvel), que será oficialmente lançado em janeiro.

O objetivo é reunir empresas e sindicatos para elaborar recomendações que impulsionem o setor automóvel. “Queremos garantir que o futuro automóvel permanece firmemente enraizado na Europa”, avançou a presidente citada por um jornal italiano.

Porta de carregamento
@ Alfa Romeo Os híbridos são vistos como uma das soluções para os construtores automóveis conseguirem cumprir as metas de emissões para 2025.

Entre os vários países que se encontram contra as multas estão a Áustria, Bulgária, Roménia e a Eslováquia. Já França, apesar de ser contra as multas, não se opõe às novas metas que vão entrar em vigor.

“A realidade que estamos a enfrentar atualmente não é aquela para a qual nos preparámos no início.”

Agnes Pannier-Runacher, ministro francês do clima

Dos poucos países que se encontram a favor das multas, destaca-se a Suécia, «casa-mãe» da Volvo, uma das poucas marcas automóveis que vai conseguir cumprir com as novas metas.

Fonte: Reuters

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