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Indústria portuguesa de componentes regista queda em novembro de 2024

As previsões não são positivas. A indústria portuguesa de componentes automóveis registou uma queda acima do previsto em novembro de 2024.

Pinças de travão na linha de montagem
© André Mendes / Razão Automóvel

Embora ainda não tenham sido divulgados os resultados acumulados das exportações de componentes automóveis de 2024, as previsões não são positivas.

Depois de um mês de novembro com uma descida mais acentuada do que a inicialmente prevista pela AFIA (Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel) — queda de 17,3%, atingindo os 967 milhões de euros —, prevê-se agora um decréscimo de 6,3% nas exportações entre janeiro e dezembro de 2024.

O decréscimo que se registou no último mês de novembro, representa uma contração bastante significativa face à descida de 1,8% das exportações de bens em Portugal, no período homólogo. Entre janeiro e novembro de 2024, as exportações de componentes automóveis registaram um decréscimo de 5,9%, face ao mesmo período de 2023, alcançando os 10 800 milhões de euros.

Gráfico de Exportações de componentes novembro portugal
© AFIA Exportações de Componentes Automóveis em novembro de 2024 (valores provisórios)

Segundo a AFIA, a redução na produção nacional de componentes ocorreu porque os clientes estão a fazer menos encomendas, o que reflete a atual realidade do mercado automóvel europeu, que se encontra em retração.

“A redução das vendas no mercado europeu, aliada às quedas registadas nos últimos meses, evidencia a necessidade de adaptação a um contexto económico global mais exigente”, avança José Couto, presidente da AFIA.

Recordamos que 2023 foi um ano de recordes para a indústria portuguesa de componentes automóveis. As exportações cresceram 13,7% face a 2022, atingindo um recorde absoluto de 12,443 mil milhões de euros.

Para onde vão os componentes automóveis feitos em Portugal?

O principal destino destes componentes continua a ser o continente europeu, concentrando 88,5% das vendas realizadas em 2024 (até novembro). Porém, verificou-se um decréscimo de 6,6% relativamente a 2023.

Por entre os diversos mercados de destino, Espanha continua a ser o principal cliente de componentes automóveis produzidos em Portugal, com uma quota de 28%, seguido pela Alemanha (23,7%) e França (8,3%).

Apesar dos resultados pouco entusiasmantes, José Couto nota que a indústria de componentes automóveis “tem encontrado formas de manter a sua competitividade, mostrando-se um setor extremamente resiliente e de elevada adaptabilidade”.

A indústria portuguesa de componentes automóveis é uma parcela significativa das exportações nacionais de bens transacionáveis, representando 14,6% do total. O seu impacto na economia portuguesa é, por isso, crucial.

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